2015 - O Melhor Ano de Sempre

Não podia não fazer um balanço deste ano que acaba hoje. Foi o melhor ano da minha vida. Foi um ano de muita aprendizagem, muita dedicação e adaptação. Foi um ano cheio de amor em que a nossa família ficou mais completa. 

Desfrutei de uma gravidez maravilhosa da qual aproveitei todos os minutos. Tive um parto super pacífico e tornei-me mãe da bebé mais amorosa que podia ter e que todos os dias me dá forças e alegrias. 

Ser mãe foi sem dúvida o ponto alto do ano. Cada mês, cada fase nova. No primeiro mês toda eu era insegurança. Agora estou muito mais tranquila e adoro ver a Carlota crescer. Tenho a sorte de ter estado em casa com ela até agora e vou continuar mais uns meses. Não é fácil... Às vezes penso que seria mais fácil deixá-la com alguém e ir à minha vida mas fiz questão de acompanhar estes meses bem de perto dando-lhe todo o mimo e atenção. Dou graças por ter essa oportunidade pois sei que nem todas as mães o podem fazer. Apesar de desgastante tem sido gratificante e sei que vou ter muitas, muitas saudades.

Vou guardar 2015 para sempre no meu coração. O ano em que me tornei mãe. 

(camisola: Zippy; Calças: Papo D'Anjo; Escova: Chicco )

A primeira noite no quarto dela

A primeira noite no quartinho dela. Não sei a quem custou mais, quer dizer, sei. Foi a mim.

O ritual antes de ir dormir foi o mesmo. Jantou e tomou um banhinho com os seus patos de borracha. Depois já lhe vesti o pijaminha no quarto dela. Luzinhas suaves acesas, música zen (uso sempre a mesma), quarto aquecido. Passei-lhe os cremes, massajei-a, dei-lhe muitos beijinhos e miminhos, o normal. Vesti-lhe o saco de dormir (ela destapa-se toda) e sentei-me com ela ao meu colo. Mais beijinhos e miminhos e... inspira... expira... Deitei-a na caminha dela, ainda estava acordada. Agarrou a minha mão e adormeceu. Simples assim!

Passada uma hora fui lá dar de mamar sem a acordar (recomendado pela terapeuta do sono, Carolina Albino) e voltou para a caminha. Às 23h00 acordou para o 'leitinho dos sonhos' e, numa noite normal, dormia até às 06h00 mas não foi bem assim.

Eu fui-me deitar logo depois de lhe dar o leite e confesso que senti o quarto um pouco vazio sem ela. Um pouco é favor. Faltava a respiração dela ao meu lado, a mãozinha encostada ao meu braço. Senti muito a falta dela... 

Às 03h10 já estava a acordar! Fui ao quarto, tirei-a da caminha, dei de mamar e voltou a adormecer. Às 04h30 acordou outra vez mas foi só por a chucha e continuou a dormir. Às 05h30 acordou só porque sim e sabem que mais? Peguei nela e levei-a para a nossa cama onde dormimos agarradinhas até às 08h30! 

Não sei se o que fiz está certo ou errado mas faço aquilo que o meu coração de mãe me diz. Se calhar ela nem precisava disso mas eu precisava e foi tão bom. 

Aos poucos sei que ela vai dormindo a noite toda no quarto dela, não há necessidade de terapia de choque. Sendo que o choque é meu, claro! 

(Almofada: Zara Home; Hipopótamo em crochet: Baby Kit; Babygrow: Zippy; Leds: Primark)

É OFICIAL - A Carlota já dorme a noite toda

Quatro noites seguidas a dormir das 23h00 às 06h00 conta como noite toda, certo? Pois tem sido assim! Por volta das 23h00 dou-lhe o último leitinho e dorme que nem um anjo até às 06h00/07h00 da manhã que acorda para mamar.
Eu sinto-me outra só por conseguir dormir umas boas horas seguidas! Já não me sinto um zombie disfarçado de mãe. Sinto-me uma mãe normal!
Agora só espero que este post não dê azar como aconteceu com o dos restaurantes que depois de o escrever a Carlota passou a fazer birras sempre que íamos almoçar ou jantar fora.

(Esta última noite não foi bem assim pois passou para o quartinho dela... Esse é tema para outro post.)

O Primeiro Natal da Carlota

Tal como muitas famílias, nós começamos a festejar o Natal a 23 com a vinda da minha mãe e só acabamos quatro dias depois! É cansativo, sim. Mas é muito bom e divertido ao mesmo tempo.

Este ano claro que a Carlota foi o centro das atenções. A mais nova. O bebé. O primeiro Natal dela.

Aquilo que mais me marca no Natal são os momentos que passamos em família. As conversas que muitas vezes se repetem de ano para ano, as gargalhadas que damos ao lembrarmo-nos sempre das mesmas histórias cómicas, o peru e o bacalhau sempre deliciosos, bom vinho e uma mesa, ou melhor, várias pois somos muitos, bem postas. 

Este ano o que mais me marcou foi ver a Carlota a integrar-se tão bem na sua família. Andou de colo em colo, riu para toda a gente e fez as suas mais recentes gracinhas. Sempre tão bem disposta ainda nem acredito que correu tudo lindamente. Tivemos um jantar dia 24, um almoço e jantar dia 25 e um almoço dia 27. Todos fora da nossa casa. Portou-se sempre tão bem, zero birras. 

Nunca vou esquecer a carinha dela a rasgar o papel dos seus primeiros presentes, as mãozinhas gordinhas a agarrar os novos brinquedos e o risinho para nós como se estivesse a agradecer. Coisa mais querida.

O Natal para mim já era mágico, a melhor altura do ano. Agora ficou ainda mais completo! 

Às vezes as coisas não correm como planeámos

Talvez seja pelo espírito natalício mas hoje deu-me para isto. Estou sentimental. Há um ano atrás estava eu radiante e feliz à espera da minha querida Carlota. Estava apenas convencida que era um e não uma, mas felicíssima!

Muitos não sabem mas demorei bastante tempo até concretizar este enorme sonho de ser mãe. Houve momentos em que pensei mesmo estar a ser castigada por algo que pudesse ter feito. 

O plano era simples, encontrar o homem da minha vida, que me amasse e respeitasse, que fosse meu amigo e amante, que me pedisse em casamento num cenário romântico. Assim foi. E casámos num dia que não podia ter sido mais perfeito. O plano era simples. Casar e constituir família logo, logo. 

Mas não foi logo, logo. Às vezes as coisas não correm como planeámos e aquilo que sempre foi um sonho começa a parecer um pesadelo. A cada mês que passava era um balde de água fria. Porquê eu? Porque nada acontece? Quando? Será que nunca vamos ter filhos? Os meses transformaram-se em anos. Sim, foi assim de duradouro. Foi assim de duro. A realidade nua e crua. Toda a família na expectativa. Nós próprios na expectativa. Cansada de ouvir a mesma pergunta "Então e tu?" Mais tarde, cansei-me de ouvir "Vais ver que é quando menos esperares" ou "Tens que relaxar".

Eu sei o que é querer muito um filho e não conseguir alcançar esse sonho. Sei o peso que carregamos nos ombros, os olhares de lado, primeiro de dúvida, depois de pena. Sei o que é ser vítima de uma enorme pressão por parte da família, dos amigos, da sociedade. É suposto depois de casarmos virem os filhos.

Só que não é. Depois de casarmos é suposto vivermos o dia-a-dia com tranquilidade. A vida acontece enquanto estamos à espera que as coisas aconteçam. E ao contrário do que se pensa, a família não começa com o nascimento dos filhos mas sim com a união de duas pessoas que se amam. Nós já éramos família antes de a Carlota nascer. Um casal que partilha a mesma casa, a mesma rotina, que se apoia um ao outro, que acorda e adormece junto, já é uma família.

Por isso, a todas as que estão na luta para conseguir uma família... Já o são! Vivam um dia de cada vez, desfrutem da vida a dois que é tão boa, namorem. Preparem a vossa casinha, os vossos corações e a vossa vida pois o vosso (a) filho (a) há-de chegar e vai adorar ser recebido numa família já feita, já consolidada e já inquebrável.

3º dia do Plano de Rotina - Balanço

Quando temos um bebé recém nascido só queremos que ele acorde para podermos 'interagir' com ele. Quantas vezes não tínhamos visitas aqui em casa e sempre que a Carlota começava a abrir os olhinhos era tudo "Olha, olha... Ela está a acordar".

Agora é mais ao contrário. Adoooro os momentos em que ela está acordada, contente, a palrar e a brincar. Gosto dos risinhos dela e das gracinhas que faz. Mas é tão importante que durma boas horas de sono para ficar assim bem disposta!

Por isso, nesta fase é mais "Olha, olha... Ela está a adormecer...shhh".

Estamos no 3º dia do novo plano de rotinas da Carlota que nos foi aconselhado pela Carolina Albino e o balanço é positivo!

Está a ser difícil conseguir que ela durma hora e meia ou duas horas seguidas em cada sesta mas havemos de conseguir. A cereja no topo do bolo é que pela primeira vez desde que nasceu, a Carlotinha dormiu 8 horas seguidas! Ah pois é, bebé! Afinal isto das consultas de sono não são apenas modernices.

Dormiu que nem um anjinho e acordou mais bem disposta que nunca! Tão bom... Espero mesmo que agora, de dia para dia, vá melhorando!  

7 meses de Carlota e a Consulta do Sono

Ontem a Carlota fez 7 meses e foi o dia em que fomos a uma consulta do sono. Modernices ou não, a verdade é que adorámos!

Na semana passada, num momento de desespero (meu) o meu marido resolveu marcar uma destas consultas para nos ajudar a estabelecer uma boa rotina para a Carlota e melhorar o seu sono. Ela pouco ou nada dorme. As sestas duram no máximo 30 minutos e à noite acorda de 3 em 3 horas. Não está a descansar como deve. Não faz sonos de qualidade!

O que mais me preocupava nesta consulta era que me dissessem para a deixar chorar. Mas não. Aliás, até ouvi um "Há quem defenda que se deve deixar os bebés chorar... Mas para isso, não contem comigo!" 

Tivemos a consulta com a Carolina Albino e não podíamos ter gostado mais. A Carolina explicou-nos tão bem a importância de uma boa rotina que inclua actividades, bons períodos de sesta, estabelecer laços de confiança e segurança com o nosso bebé... Acima de tudo deu-me muita motivação e força! Confesso que já estava feita num farrapo com isto de estar 24 horas por dia com um bebé que não dorme facilmente e que, claro, fica rabugenta e depois faz birras. Adoro estar em casa com a Carlota e vê-la crescer e desenvolver-se mas estava a precisar de ajuda e não tenho vergonha nenhuma em admitir. A Carolina reforçou ainda que não devemos ter medo dos nossos bebés, que somos nós quem os comanda e lidera. Apenas temos que lhes mostrar, ensinar, como se vive neste mundo cá fora, deixando-os explorar à sua maneira. Tudo com muito carinho, amor e paciência. Nada de ignorar, nada de deixar chorar. 

Depois de uma série de perguntas sobre a Carlota, sobre o nosso dia-a-dia, alimentação, sestas, etc. veio uma prolongada conversa e explicação que pareceu cair do céu. Viemos de lá com um plano de rotinas para a Carlota que pretendemos começar já a implementar! Nada de coisas radicais mas tudo muito bem estruturado para ela. Conceitos deliciosos como Leitinho dos Sonhos ou Slow Motion fazem parte da nova rotina dela. Se bem que o mais importante é paciência e muita dedicação da nossa parte. 

Gostei muito e até digo mais, devia ser OBRIGATÓRIO informarem-nos destas coisas antes de os bebés nascerem. Fiz um curso pré-parto que foi espectacular a explicar como ia ser o parto e o pós-parto. Aprendi até alguns cuidados com o bebé mas isto... Isto devia fazer parte de qualquer curso desses seja particular ou nos centros de saúde. 

Ainda não vimos resultados mas recomendo esta primeira consulta nem que seja pela informação que se traz de lá!

Na segunda vamos falar sobre as actividades/brincadeiras com os nossos bebés!!

Voltar para a cama vs Banho prolongado

Esta noite foi infernal. INFERNAL. Nunca tínhamos tido uma noite assim desde que ela nasceu. No máximo, dormi duas horas seguidas algures entre as 3.30 e as 6.00. Foi sempre a acordar de hora a hora. Ela dormia uns 20 minutos e acordava a chorar. Umas vezes queria mamar,outras só queria aninhar-se em mim pois só adormecia se estivesse agarrada ao meu braço e se eu me mexia ela acordava.

Claro que fiquei com a cabeça em água e o meu marido resolveu sair com ela de manhã para eu poder descansar. Eu já estava de pé, pequeno-almoço tomado, café bebido. E agora? O que fazer? Voltar para a cama ou tomar um bom banho prolongado? Acabei por optar pelo banho. Tomei um duche, lavei e sequei o cabelo e vesti-me nas calmas. Soube-me pela vida! Preparei as coisas para o nosso almoço, para o almoço dela e nisto passou o tempo que tinha para descansar...

Será que devia ter voltado para a cama? O que escolhiam no meu lugar?

Que susto! #2

O segundo grande susto que apanhei com a Carlota acabei por descobrir que é muito frequente.

Quem nunca cortou um bife de bebé com o corta unhas?

Pois, agora até parece engraçado mas na altura não teve piada nenhuma. Tinha no máximo um mês. Estava ela deitadinha na minha cama e eu a cortar-lhe aquelas mini unhas quando de repente ela desata num berreiro e num choro inconsolável. 

Eu sem perceber o que se passava, claro. Quando olho para a mãozinha dela e vejo um fio de sangue a escorrer do dedo nem quis acreditar. O meu coração gelou! Levei o dedinho à boca (à minha, não à dela) para estancar o sangue. Acabou por acalmar e a ferida cicatrizar mas apanhei um valente susto!

Nunca mais usei o corta unhas... Agora só com a tesoura e lima!

(esta fotografia já é recente...)

Mãe também chora

A ausência de posts esta semana deveu-se ao facto de ter atingido um ponto de cansaço que eu nem sabia existir. 

Ja estive cansada do trabalho mas nunca desta forma. Um cansaço físico, emocional e mental. Acho que andei ali a roçar a loucura quando perguntei a mim mesma se estava preparada para isto. Quando duvidei de que era capaz, quando quase deitei a toalha ao chão. 

Não sou daquelas mães que são capazes de deixar os filhos a chorar nos berços ou que os ignoram quando estão a fazer birras. Sou daquelas mães (certo ou errado) que vão buscá-los à caminha, que dão muito colo, beijinhos e mimo.

Curiosamente esta semana experimentei aquela teoria idiota da qual já me arrependi "deixa chorar nem que sejam dois minutos". Foram as piores noites da minha vida desde que a Carlota nasceu. Parece que sentiu e que se ofendeu tal foi o desfecho dessa tentativa estapafúrdia. Duas noites assim. A terceira dormiu na nossa cama e correu lindamente. Já voltou para a cama dela e continua a dormir bem.

Há dias assim, semanas assim. Parece que a nossa existência deixa de existir. Mas depois.... Depois há aquele momento mágico que pode ser um sorriso deles, umas bochechas rosadas, umas pernas gorduchas, uma mãozinha na nossa cara que faz com que tudo tenha valido a pena. 

Agora percebo

O sufoco que por vezes sentia quando queriam saber onde eu ia, com quem ia, a que horas voltava, como voltava...
Quando queriam conhecer os meus amigos,
A insistência para estudar, fazer os trabalhos de casa e ter boas notas.
As inúmeras vezes que me falaram no futuro.
Tantas conversas que tiveram para que eu pensasse no que queria fazer da minha vida, para nunca depender de ninguém, para ser independente.
As vezes que me 'obrigaram' a ficar em casa, em família.
A quantidade de vezes que ouvi e oiço como gostam de mim.
Quando faziam questão de me levar a todo o lado mesmo quando eu implorava para me deixarem na esquina.
As alvoradas para preparar o cesto para levar para a escola.
O esforço que faziam para descobrir o que raios eram os bloquinhos cheirosos.
As festas de anos que me organizavam.
A dedicação para me ajudar no concurso dos presépios, nos fatos de carnaval e nas festas da escola.
Aquela sensação de que fariam qualquer coisa por mim.

Agora percebo o quanto os meus pais gostam de mim. Só depois de ser mãe é que tenho essa noção. 

Obrigada Mãe e Pai por me terem dado o melhor exemplo possível do que é amar e educar. Vou fazer os possíveis para dar o mesmo exemplo à Carlota.

Deixem as chuchas em paz

Mas que obsessão que certas pessoas têm com o uso da chucha! Qual é o mal de usarem chucha? Chateia assim tanto? Eu sei que depois vai ser difícil largar e blá, blá... Mas não vou agora preocupar-me com essa fase! Vivo no presente e ela adora a chucha. E eu adoro que ela adore! 

Em apenas uma semana vivi estas três situações:

Situação 1

Ao apresentar a Carlota a uma senhora ela fez questão de lhe tirar a chucha só porque sim. 

Senhora - "Desculpe mas vou tirar-lhe a chucha." 

Eu - "Hum é melhor não, ela está rabugenta."

Senhora - "Vou tirar na mesma"

E pimbas! Vai sem medos e arranca a chucha da boca da Carlota que coitadinha já passava da hora de estar na cama e não percebia porque raios estava uma estranha a fazer-lhe aquilo. Claro que começou a chorar. 

Situação 2

Estava numa loja a escolher uns brincos e a Carlota estava no carrinho sem a chucha posta. Estava acordada e bem disposta. Uma senhora aproxima-se "Mas que bebé amoroso! E não usa chucha, mesmo como eu gosto!" WTF? Mesmo como ela gosta?? Isso quer dizer o quê?

Situação 3

Num restaurante. Era de noite, a Carlota cansada e estava com a chucha. 

A empregada do restaurante "Oooh a tua mãe só te põe a chucha para tu te calares."

(Segurem-me que eu vou-me a ela....)

Não percebo porque embirram tanto com a chucha. Sabem lá o jeitão que dá! Ou se sabem porque não nos deixam em paz?

6 meses

6 meses já passaram e é impressionante a rapidez com que passa o tempo e com que cresce o amor. É tão verdade que o amor pelos nossos filhos aumenta a cada dia que passa. Há sempre novidades em cada fase e é tão divertido e gratificante vê-los crescer!

Nestes seis meses de Carlota foi crescendo também a minha confiança como mãe. Já não entro em pânico com o choro descontrolado, aliás, na maior parte das vezes até já consigo perceber o que é que ela quer.(sono, mimo, fome, dor...).

Ainda ontem estava a aprender a mamar e hoje já almoça sopa e janta papa. Para a semana começa a comer carne e em menos de nada já está na escola!

Tão grata por estes 6 meses! Tão bons que foram... Que venham muitos mais :)

Que susto! #1

Um sentimento que ganhei depois de ser mãe foi um medo enorme que alguma coisa acontecesse à minha filha. Talvez seja por ser mãe pela primeira vez e com os próximos filhos este sentimento venha a acalmar. Mas por enquanto estou sempre apavorada que ela deixe de respirar, que se magoe, que ma roubem... Sei lá! Ou se calhar é só mesmo do meu feitio ser assim. 

Claro que nestes quase 6 meses já apanhei belos sustos e vou escrever sobre eles em diferentes posts pois acredito que não sou a única a passar por isto!!

O primeiro susto que apanhei foi quando ela se engasgou à séria pela primeira vez. Era muito pequenina, devia ter menos de um mês. Estava a mamar. Não sei o que aconteceu mas engasgou-se mesmo. Começou a ficar roxa, a olhar para mim de olhos esbugalhados. Eu fiquei naquela "Então? Entãããooo? Respiraaaa. Aiiiii a minha rica filhaaa!". Virei-a de barriga para baixo no meu braço e bati-lhe nas costas (não com muita força que a miúda ainda era minúscula) ela lá tossiu e acalmou. Já respirava tranquilamente e continuou a mamar como se nada fosse.

Acho que todas as mães devem apanhar um cagaço com a primeira vez que a cria se engasga! Agora engasga-se de vez em quando mas já sabe dar a volta à coisa. Já sabe voltar a respirar por ela. Claro que se vejo que está aflita ajudo-a logo. Quantas vezes não a tirei logo da espreguiçadeira ou parei o carro no meio da estrada a achar que ela não ia conseguir desenrascar-se? Ainda ontem! 

Que saudades desta mini mini mini me!!! 

Compras para a boneca

Sempre ouvi dizer que depois de sermos mães começamos a comprar mais coisas para os nossos filhos e menos para nós. É tão verdade. Adoro escolher coisas para a Carlota, tanto ou mais do que escolher para mim.

Há uns meses atrás a minha mãe deu-me uns cartões/vales Sonae e decidi logo que seria para comprar coisas para a Carlota na Zippy/MO. Desengane-se quem acha que nessas lojas não há artigos de qualidade nem coisas queridas. Eu também achava que era tudo muito à base de fatos de treino e babygrows apenas. Mas não! Tem coisas amorosas e ontem lá fomos as duas às compras para a princesa.

Estava convencida que ainda tinha imenso dinheiro nos cartões mas quando cheguei à caixa já só tinha 5 Euros!!! Trata de abrir os cordões à bolsa... 

Aqui ficam as comprinhas que fizémos agora para o Inverno e que ela estava precisar tanto:

Ela estava a precisar imenso de partes de baixo e estes tapa fraldas são quentinhos e ficam amorosos com collants por baixo. As jardineiras em malha não resisti!! Também há em azul.

Desejosa de vestir as pernocas gordas dela com estas roupinhas!! :)

E aqui ela a adorar o programa.....

31 anos de mim

Hoje faço 31 anos. Isto agora até aos 40 é um tirinho! Mal acredito pois continuo a sentir-me como se tivesse 25 e, modéstia à parte, fisicamente não pareço ter mais que 20! Pelo menos é o que dizem... Agora já começo a gostar que me tratem por menina, por tu e que me peçam o BI para entrar no casino (isto aconteceu-me com 27 anos!)

Bom, futilidades à parte, vamos ao que interessa. 31 anos de mim. Sei perfeitamente reconhecer a altura em que deixei de ser uma miúda e passei a sentir-me uma mulher. Deixei as minhas inseguranças parvas, vergonhas, medos e passei a aceitar-me e a gostar de mim. Passei a ter confiança, força e determinação. 

Agora que sou mãe sinto-me ainda mais adulta, mais responsável e muito, mas muuuito mais forte. Aquele sorrisinho gengival logo de manhã vale tudo. Dá-me motivação, alegria e plenitude. Sim, plenitude é a palavra que melhor caracteriza esta fase da minha vida. Sinto-me tão completa, tão feliz, tão realizada.

Aqui deixo um agradecimento público à minha querida família que me deu tudo o que eu podia querer, valores, educação, princípios e muito, muito amor. Às minhas grandes amigas de uma vida, elas sabem quem são. Por terem amparado as minhas quedas, por terem crescido comigo, por terem estado sempre mas sempre ao meu lado. Ao meu marido, o meu melhor amigo e amor. Por me ter ajudado a encontrar-me, por ter construído esta vida comigo e pelo melhor presente que alguma vez tive na vida, a nossa filha Carlota.

Que os próximos anos sejam vividos neste ambiente de harmonia, felicidade e amor. Sempre em família que é a melhor coisa que tenho. 

Perguntas Irritantes Depois de o Bebé Nascer

Depois das perguntas irritantes quando estamos grávidas vêm as perguntas irritantes que nos fazem assim que
temos os nossos bebés!

Ficam aqui algumas que me fazem constantemente:

1. E para quando um irmaozinho? 
Por incrível que pareça cheguei a ouvir esta pergunta quando ainda estava grávida! Mas agora é mais frequente... Nem sei o que responder. A Carlota tem 5 meses e meio... A sério que isto já é um assunto que preocupa algumas pessoas?

2. Vais dar de mamar ate quando?
"Estava a pensar até ela ir para a Universidade, o que achas?" Vou dar de mamar até me apetecer. Faz-lhe bem e faz-me bem. Felizmente este leite não tem prazo de validade e vou aproveitar :)

3. Já recuperaste o peso? Quantos quilos já conseguiste perder? 
... A obsessão com o peso...

4. E o pai ajuda alguma coisa?
"Define ajuda." Ahahahah

5. Quando é que vai para a creche? Tão cedo?? Tão tarde??
Ai as teorias de que eles ficam bem é em casa ou que precisam de socializar...

6. Dás de mamar e comes de tudo?
Felizmente a Carlota nunca sofreu com o que como. Só teve cólicas nos poucos dias em que bebeu leite artificial porque eu não estava a conseguir amamentar. Depois disso correu sempre bem e nunca reagiu mal à minha alimentação. Talvez porque também durante a gravidez comi de tudo um pouco sem excessos nem radicalismos.

7.Quando é que a vais passar para o quarto dela?
Enquanto acordar tantas vezes durante a noite não há de ser. Mas confesso que a principal razão é porque ADORO dormir com ela ao meu lado, dar-lhe a mão, ouvir o respirar dela... (ai que tive um momento lamechas...)

8. Não esterilizas isso?
"Não. E quando ela começar a gatinhar? Vou esterilizá-la?" Até aos 3 meses fui muito cuidadosa, sim. Agora lavo as coisas que caem ao chão mas não vou a correr esterilizar tudo.

9. Ela já reconhece a mãe?
OH MEU DEUS.... Ai dela que não reconhecesse! Depois de tudo o que já fiz por esta amostra de gente! Claro que sim! A mãe e o pai :)

10. Quantos meses tem?
Aqui não considero a pergunta irritante mas sim o que vem a seguir à resposta. "Só?? É tão grande... Parece ter muito mais." Sim, ela é rechonchuda e grande... Coisa boa da mãe!

A dondoca vai fazer fisioterapia

Sempre fui 'workaholic' e desde que fui mãe sinto-me um bocadinho inútil por não trabalhar. Estava habituada a sair todos os dias de manhã bem cedo de cabelo esticado, maquilhada e saltos altos para enfrentar um longo dia de trabalho e stress. Voltava exausta ao fim do dia e não tinha paciência para nada nem ninguém. Ao fim-de-semana fechava-me em casa e no máximo ia ao cinema. Era isto a minha vida. E eu adorava!
Agora as coisas mudaram e muito, para melhor. Tenho um trabalho a tempo inteiro, sim. Acordo ainda mais cedo do que acordava depois de uma noite de maratona de amamentação e fraldas. Tomo o pequeno-almoço a correr, só consigo tomar um duche quando a cria dorme a sesta. Ando com ela ela escada abaixo, escada acima entre banhos, fraldas, sopas, papas e actividades. Mas para as outras pessoas não é bem assim. Aos olhos dos outros sou uma dondoca que não trabalha e está em casa com a filha sem fazer nada.
A verdade é que o meu corpo está a dar sinais de cansaço e há três dias acordei com umas dores nas costas insuportáveis. Dores que me fazem chorar quando tento subir as escadas com ela ao colo. A Carlota já está quase com 8 quilos e eu sou um metro e meio de gente. Também ainda não recuperei a forma física (que já não era muita quando engravidei) e as costas é que se estão a ressentir.
Fui ao médico. Tentei ignorar pois acho sempre que não tenho tempo para mim quanto mais estar doente e precisar de ir ao médico mas não dava mais, lá fui.
Para além de ainda ter que perder peso vou ter que fazer fisioterapia para ganhar musculatura e não forçar as costas. O meu drama agora é "e tempo para a fisioterapia?". Quem fica com a Carlota nessa altura?
Ah e claro que para quem me acha uma dondoca isto é a cereja no topo do bolo. A dondoca vai à fisioterapia!

A minha nova vocação

Sempre pensei que à medida que a Carlota fosse crescendo o cansaço também fosse passando. Pensei que ela ia dar cada vez menos trabalho. Pois não podia estar mais enganada.

Antes ela ficava ali deitadinha só mamava e dormia. Agora tenho que me transformar em toda uma animadora do Club Med para mantê-la entretida durante o dia pois as sestas são cada vez menos e ela farta-se muito rapidamente de tudo. Eu canto, eu danço, eu construo pequenos parques de diversões na sala... Acho que descobri uma nova vocação!

Quando está bom tempo é fácil. Pego nela e vamos passear ao jardim ou a ver o mar. Agora nestes dias já é preciso uma certa imaginação! O que vale é que também nos vamos conhecendo melhor uma à outra e já percebo quando ela está a pensar "Mãe, já chega, isso é ridículo" ou "O que eu quero mesmo é uma gota de água, uma gota que seja. Essa dança dá-me sede".

Perguntas irritantes que se fazem às grávidas

Há coisas que não se devem dizer a grávidas mas há também as que não se devem perguntar! Quando estive grávida fizeram-me belas perguntas que jurei um dia escrever sobre elas.

Então aqui vão:

1. Quanto é que estás a pesar? 
Ora não sendo eu uma cabeça de gado não percebo que raio de pergunta é esta. O que é que interessa quanto peso? Se antes de engravidar já odiava que me perguntassem isto então com mais uns kilos em cima, pior ainda. Resposta politicamente correcta: "Estou com mais X kgs." A minha resposta foi sair da sala e fingir que não tinha ouvido a pergunta.

2. Vai ser o quê já sabes?
"Provavelmente um bebé. Mas se for um golfinho eu aviso logo!"

3. Preferias o quê? Rapaz ou rapariga? Diz lá a verdade.
"A verdade". (piada seca)

4. Quando é que vai nascer?
Hum... Deixem-me só consultar a bola de cristal, ligar à Maria Helena, ler o horóscopo da revista Maria, ver para que lado está o vento e... voilá.. NÃO SEI!!!! Fizeram-me esta pergunta umas 25 vezes nos 15 dias antes de a Carlota nascer. Já não aguentava mais. Resposta politicamente correcta "Oh isto agora é quando ele(a) quiser." A minha resposta foi quase sempre: "Não sei, não adivinho."

5. (na nossa cara) Ainda não nasceu?
Já, pois! Deixei o bebé em casa e roubei uma melancia que escondi debaixo da roupa. Pergunta estúpida.

6. Vais levar epidural?
Acho que esta foi das que me perguntaram mais vezes. Uma coisa é perguntar, outra é despejar toda uma teoria em cima de nós. A favor ou contra as opiniões são muitas mas a decisão é só da mãe. É óbvio que a mãe já se informou, que já pensou sobre o assunto e não vai mudar de ideias só porque sim. Deixem-na fazer aquilo que a deixa mais confortável e evitem histórias dramáticas como "a minha prima não quis e na hora chegou a pedir a morte" ou "podes ficar paralítica".

7. Já tens tudo pronto? O que falta?
Ui.. Esta dava-me cá uma trabalheira responder. E as vezes que temos que repetir que já temos o berço, a banheira, o carrinho mas ainda falta a tesoura das unhas ou a maquineta de tirar macacos do nariz. Esta era pela falta de paciência. E mais, lógico que a partir das 36 semanas já tinha tudo pronto e por 'tudo' entenda-se 'tudo o que é realmente necessário'.

8. O Gonçalo vai assistir ao parto? O quê??? 
É um momento nosso, uma escolha nossa. Ninguém tem nada que dizer se ele deve ou não deve assistir.

9. Estão preparados para ser pais?
Apesar de ter respondido que sim a verdade é
que não. Não existe preparação possível, só mesmo a experiência nos ensina!

10. Já sabes mudar fraldas?
Por acaso sei. Mudei muitas ao meu irmão mais novo. O facto de não mudar as fraldas aos filhos dos meus amigos não quer dizer que não saiba mudar fraldas.

Houve muitas mais... Mas estas foram as mais frequentes!

(grávida de 8 meses e já farta de ouvir as perguntas 4 e 5)

Em breve escrevo sobre as perguntas que fazem depois do bebé nascer! ;)

A solução para a crosta láctea

Descobri o segredo para acabar com a maldita crosta láctea da minha filha. Já tinha experimentado de tudo e nada. Um desespero. Shampoo Kelual melhorou mas não saiu. Shampoo Mustela, gostei muito e continuo a usar de prevenção mas não foi o suficiente para tirar a crosta. O velho e tradicional óleo de amêndoas doces melhorou mas não resolveu... A crosta da minha filha durava desde os dois meses de idade. Ela está com 4 meses e meio.

Um dia na farmácia a senhora sugeriu vaselina. Besuntar a cabeça com vaselina durante a noite e tirar no dia a seguir. Foi remédio santo! No banho foi ver bocados e bocados de crosta a caírem... Maravilha! Recomendo!

A vaselina que usei foi a da Vasenol! :)

Espero que tenha sido só uma brincadeira de mau gosto

Há uns dias atrás fui almoçar ao shopping, naqueles restaurantes em que se pede directamente ao balcão. Estava ali à espera do meu tabuleiro e a Carlota ali mesmo ao meu lado, no carrinho. De repente começo a ver o carrinho a andar sozinho e só tenho tempo de o agarrar com uma mão. Estava um velho a empurrá-lo.
Eu pergunto "Então? Mas o que é isso?"
E ele: "Tenha calma que eu não lhe roubo o menino."
"É uma menina."
"Hum... A não ser que ma queira vender."
HAN?!?!? NEM PENSAR.

Fiquei branca. Não sei se ele estava a brincar ou não mas acho uma brincadeira de muito mau gosto e que podia ter dado para o torto se eu resolvesse chamar o segurança. Gente estúpida!

Baptizado da Carlota - Parte II

Agora, sim! Ficam aqui algumas fotografias deste dia tão especial para todos. Foi um evento só para família e amigos mais próximos no qual todo nos divertimos e passámos bons momentos. Adorei!

A organização ficou a meu cargo que como já referi sou organizadora de eventos mas a ajuda do meu marido foi fundamental para dar um toque especial!

Se quiserem saber mais sobre o que eu faço fica aqui a minha página de Facebook.

(a vela de baptizado e caixa, que ficaram um amor!)

(O vestido de família do pai. Mais de 100 anos! Foi uma honra poder baptizá-la com ele)

( Um momento de ternura entre avó materna e neta)

(A preparar a boneca!)

(Portou-se tão bem!)

(Uma das mesas do almoço)

(O menu do almoço e um 'santinho')

(A escolha fez sucesso! Estava uma delícia!)

O Baptizado da Carlota - Parte I

Este fim-de-semana foi o baptizado da Carlota e neste post vou escrever o lado espiritual e emocional deste dia. Os preparativos e detalhes do evento ficam para outra altura.

Peço desculpa se este post ofender alguém mas sou uma pessoa de convicções fortes e para mim é assim que as coisas fazem sentido. Não critico quem o faz de forma diferente, cada um dá o melhor de si mas este espaço é precisamente para escrever sobre aquilo que defendo. 

Nunca hesitámos em baptizá-la. Sentíamos até que ela estava 'incompleta'. Para nós que somos casados pela Igreja e que somos católicos não faz sentido de outra maneira. Há muita gente que casa pela Igreja só porque fica bem e porque é bonito. Não foi o nosso caso. Acreditamos e temos muita fé. Podemos ter momentos em que se calhar nos desviamos do caminho mas fazemos questão de voltar. Não viramos as costas. 

Para mim não faz  qualquer sentido dizer "quando ela for crescida logo escolhe" pois acreditamos que o melhor para ela é a nossa religião, caso contrário não nos tínhamos casado pela Igreja onde afirmámos com convicção que íamos receber e educar os nossos filhos segundo a doutrina cristã. Se um dia a Carlota quiser seguir outra religião, que siga. Mas até lá estará abençoada e faremos questão de lhe passar os valores e princípios sob os quais nós também fomos educados. Sabemos que lhe vai fazer bem à alma, ao coração, à sua personalidade. 

Também não vamos deixá-la decidir quando vai para a escola ou quando vai comer legumes. As coisas que sabemos que lhes fazem bem devemos ser nós, pais, a incutir-lhes desde cedo. E este fim-de-semana a nossa filha foi baptizada.

Foi um dia lindo, super emotivo, com todas as pessoas que nos são mais queridas. Sei que o dia foi perfeito porque nem tive que olhar para o telemóvel pois todos aqueles que me são mais próximos estiveram connosco. Foi quase como o dia do nosso casamento mas desta vez com a nossa amada filha. 

Eu estava nervosíssima! Acho que estava mais nervosa do que no dia do nosso casamento. 

A Carlota acordou bem disposta e portou-se lindamente! Fez uma birra logo ao princípio mas acabou por adormecer ao meu colo. Depois do baptizado houve ainda um almoço com todos, quase 60 pessoas, que correu muito bem. Ela andou de colo em colo, claro, mas sempre bem disposta.

Adorei o dia, o significado que teve. Estou muito, muito grata pela família que tenho, por sermos tão abençoados.

(Aqui fica uma fotografia com pouca qualidade pois foi tirada com o telemóvel. Assim que tiver as do fotógrafo faço um novo post!)

Perdi a cabeça outra vez - mas desta vez correu bem!

Ontem o meu marido e eu fizemos anos de namoro (12) e de casados (4). Mentalizei-me que faria uma nova tentativa de deixar a Carlota para irmos os dois jantar sozinhos e namorar!

Desta vez a Carlota ficou em casa do meu pai, com a mulher dele que a adora como se fosse neta de sangue. Correu às mil maravilhas! Levei-a de banhinho tomado e pijama vestido. Dei de mamar antes de sair e ela lá ficou ao colo. Adormeceu e quando a fui buscar ainda dormia. Nem acordou para beber o leitinho que eu tinha deixado!!

Foi óptimo ver como ela ficou bem entregue e vamos ver se repetimos isto pelo menos uma vez por mês. As saudades que tinha de jantar sozinha com o meu marido... Só ontem tive essa noção! Foi óptimo e ainda deu tempo para um gelado no Santini e um passeio por Cascais.

Regras no Fraldário #2

Continuo a não perceber as regras dos fraldários. A sério. Há dois dias andava eu pelo shopping quando percebo que a minha filhota tinha que mudar a fralda.
Entro no fraldário, mudo a fralda e ela estava toda impaciente e chorosa a querer mamar. Pensei em mudar a fralda e aproveitar que ali estava para me sentar e amamentar em paz.

A meio da muda da fralda entra um casal, sim porque há mães que fazem questão de levar os maridos para dentro do fraldário, sentam-se na cadeira destinada à amamentação e ficam à espera que eu acabe de mudar a fralda à minha filha para mudarem à deles.

A minha a chorar com fome, tive que a meter no ovo e ir para outro sítio dar de mamar porque aquelas aves raras não foram capazes de, ou esperar lá fora, ou ir ao outro fraldário. Ainda disse em voz alta "Calma, a mãe já dá de mamar... tem é que ser noutro sítio." Mas eles não quiseram saber. Falta de noção.

Perdi a cabeça

Ontem achei que estava na altura de ter um jantar com as minhas amigas e sem Carlota.

Estive nos últimos dias a tirar leite com a bomba e a armazenar para deixar com o pai e ir jantar descansada.

A Carlota só bebeu do biberon duas vezes na vida e eu achava que já estava doutorada na coisa. Dei de mamar às 19:30, deitei-a e lá fui eu.

Deixei 2 biberons com o meu marido, dei instruções de tudo assim meio a correr e olha agora amanha-te. Tinha tudo para dar certo, não tinha?

Claro que não correu bem. Às 21h00 mando uma mensagem ao meu marido a perguntar se estava a correr tudo bem. Não estava. Ela acordou com fome e estranhou a tetina do biberon. Por mais tentativas que o meu marido fizesse ela não bebia o leite por nada. Queria a mãe. 

Fiquei com um nó na garganta. Até fiquei mal disposta. Saí a correr do restaurante com um cenário na minha cabeça que era a minha filha a morrer à fome, a pensar que eu a tinha abandonado, a sofrer horrores. Voei até casa de lágrimas nos olhos e com vontade de vomitar. Que sentimento de culpa horrível. Sentia que estava a falhar redondamente como mãe. Como fui capaz de a deixar? O que me passou pela cabeça? Como fui tão egoísta?

Não sei... Na altura tudo me pareceu certo. Ir jantar com as minhas amigas, ter um tempinho para mim sem fraldas, nem mamas, nem carrinhos... Mas de repente tudo deixou de fazer sentido e só queria chegar a casa e pegar nela ao colo, dar-lhe beijinhos e maminha.

Quando cheguei a casa ela dormia ao colo do meu marido e quando acordou lá tentei redimir-me! 

Nunca pensei que custasse tanto, bolas! Quando será a altura certa para fazer isto? :(

(imagem do Pinteres)

1 ano

Faz um ano. Há um ano atrás estava eu com um 'atraso' de já quase duas semanas mas continuava convencida que não era nada. Já tinha tido tantas desilusões que não queria fazer o teste e ter mais uma. Foram anos de frustrações, stress, tratamentos e frases enjoativas como "vais ver que é quando menos esperas.". Já nem queria ouvir falar nisso. Já não esperava nada. Já tinha entregue nas mãos de Deus. Estava por tudo.

Foi precisamente no mês em que decidi interromper os tratamentos que aconteceu. No mês em que decidi dar uma volta de pernas para o ar à minha vida. No mês em que mudei tudo o que havia para mudar. 

2 semanas de atraso e um teste comprado na farmácia. Eram 3 da manhã quando acordei para ir à casa de banho. Dizem que o teste deve ser feito com o primeiro xixi da manhã mas eu não quis saber. Estava demasiado ansiosa. Fiz. Em 4 ou 5 segundos apareceu a cruzinha no teste e o meu coração iluminou-se. Vieram-me as lágrimas aos olhos. Que tamanha felicidade. Corri para o quarto e atirei-me para cima da cama "Conseguimos!!!". O meu marido acordou e perguntou o que se passava. "Estou grávida! Deu positivo! Estou grávida!" Abraçámo-nos e ficámos o resto da noite deitados de barriga para o ar a fazer planos. Foi das noites mais felizes da minha vida. E assim começou esta jornada. 

Vamos começar as papas!

Esta semana foi dia de consulta! A Carlotinha ainda não fez 4 meses e já pesa 6.720 Kgs! Gordinha, coisa boa. Mede 60 cm por isso não está gorda, gorda. Está mesmo crescida e a médica disse mesmo para eu não deixar ninguém chamá-la gorda! Mas é inevitável com tantos refegos e preguinhas!!

Já estava a fazer horários muito bons entre mamadas, 4 ou 5 horas, mas há coisa de duas ou três semanas voltou a fazer intervalos de 2 horas. Até à noite! Se fosse só de noite eu até pensava que ela podia estar só a acordar por acordar e precisar de maminha para adormecer. Mas como durante o dia é a mesma coisa, ela quer mesmo é comer.

A pediatra diz que ela já está a pedir mais qualquer coisinha e por isso vamos introduzir as papas quando ela fizer 4 meses. Por um lado estou muito entusiasmada por iniciar uma nova etapa na vida dela, por outro sinto-me triste pois queria que ela ficasse a leite materno em exclusivo até aos 6 meses. Ela claramente não está a passar fome pois continua a ganhar peso mas está constantemente a querer comer!

Assim vamos começar lá para os 4 meses, 4 meses e meio a dar-lhe papa. Papa láctea, sem gluten. Vamos lá!

(imagem do Pinterest)

O fim-de-semana

O fim de semana foi muito, muito bom! Mas foi sem dúvida mais uma prova de que tudo muda depois de termos filhos.

Antes, o cenário seria chegar ao hotel, desfrutar do quarto com uma vista brutal sobre o Porto, tomar um banho de emersão, relaxar, talvez fazer uma massagem e pedir ‘room service’. Ora foi mais uma viagem de quase 5 horas até ao Porto pois ela berrava com fome, com calor, com a fralda suja, etc. e tivemos que fazer imensas paragens. Almoçar com ela ao colo. Chegar ao hotel e vê-la bolçar-se toda logo na recepção. Entrar no quarto brutal, espaçoso, luxuoso e ter uma birra daquelas para acalmar. O meu marido, que tinha ido em trabalho (tal como eu que fui ver um espaço para eventos) saiu para reuniões que já tinha marcado e disse-me “aproveita para relaxar”. Meti o banho a correr, ela estava calma e já dormia. Assim que ponho um pé na banheira ela acorda e começa aos berros. Tomei banho a correr e fui “acudi-la”. Passámos a tarde as duas na cama XXL entre sestas e mimos, o que não foi nada mau! À noite deixou-nos jantar descansados no cais mas dormir na alcofa dela é que não. Devia estar a estranhar o sítio, só acalmou às 5 da manhã na nossa cama!

Apesar de ter sido diferente do que imaginei, adorei o nosso fim-de-semana a três e estou desejosa de ter mais e muitos!