sexta-feira, 31 de julho de 2015

Sigam o vosso instinto

Ser mãe levanta-nos muitas dúvidas, medos, inseguranças. Será que estou a fazer bem? E se ele(a) se habitua mal? Será fome? Sede? Sono? Saudades? O que quer o meu bebé? Colo, trocar a fralda? Eu por esta altura tenho uma espécie de checklist mental (Fome? Fralda? Dores? Desconforto? Calor? Frio?) Mas pode não ser nada disto. Pode ser apenas falta de mimo, de protecção, de carinho. Pode simplesmente ter saudades do colo da mãe e isso eu não nego. Podem dizer-me que estou a habituá-la mal, que vai ficar mal habituada, etc etc mas não quero saber. Nunca hei-de recusar miminho à minha filha. Tenho a certeza que quando ela tiver 20 anos não vai querer vir para o meu colo! Até digo mais… a maior parte das vezes que ela precisa do meu colo, eu também preciso dela no meu colo. Ela precisa do meu mimo e eu preciso do mimo dela. E é tão bom!!! Tantas vezes que eu disse que nunca ia fazer isto ou aquilo… “Filho meu nunca será assim ou assado”; “A mim não me vão ver fazer isto ou aquilo”… Ai, como estava iludida… O que o amor de mãe faz!!

Recomendo a todas as mães esta leitura que estou a adorar! J

Uma dica apenas: SIGAM O VOSSO INSTINTO! 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Refegos dos Infernos

Não há nada mais amoroso que um bebé cheio de refegos e preguinhas. É verdade. A minha filha é uma boneca gordinha e apetitosa cheia destes pneuzinhos que só dá vontade de dar beijinhos. Adoro ver como ela está a crescer e a engordar bem com a Leitaria do Bairro! Mas infelizmente estes refegos em dias de calor são um inferno para ela e para mim. Coitadinha, está toda assada atrás dos joelhos, nos bracinhos, no pescoço, tornozelos… Com este calor que se faz sentir aqui no Algarve ela sofre ainda mais porque transpira e tudo nela assa. Custa-me ver não só as assaduras mas também saber que aquilo lhe arde. Já usei de tudo e mais alguma coisa! Tem sido um drama L Agora estou a usar Lauroderme vamos ver como corre. Segunda-feira temos consulta na pediatra e aproveito para ver isto também. Dicas aceitam-se!

domingo, 26 de julho de 2015

Regras no Fraldário

Até ser mãe nunca me tinha interrogado de como seria o  interior daquela portinha junto às casas de banho do centro comercial que tinha uma fralda ou um alfinete como sinaléctica. Agora que descobri, adoro! Pelo menos o do centro comercial que frequento. É todo arranjadinho, com uma decoração amorosa e raramente cheira mal.

Gosto de ir lá mudar a fralda à minha boneca e às vezes também aproveito e dou de mamar lá. Agora só não percebo as regras daquele sítio. É bar aberto? Entra toda a gente ao mesmo tempo? Homens e mulheres? Mesmo quando uma mãe está lá dentro a dar de mamar?
Um dia destes bati à porta, vi que estava uma mãe a amamentar e fui à minha vida. Dei mais uma voltinha para fazer tempo e deixar que ela terminasse e saísse para eu entrar. Se estivesse com muita pressa ia ao do andar de cima.

Ora pelos vistos nem toda a gente pensa como eu. Já foram várias as vezes que estava lá dentro a dar de mamar e as pessoas entram como se nada fosse. Dizem “boa tarde” como se nos estivessemos a cruzar num elevador e nem licença pedem. É mesmo à grande. Há uns tempos entrou um pai para mudar a fralda à filha que apesar dos seus quase 10 anos (estou a exagerar) berrava que nem um chibo e a minha filha de 2 meses assustava-se e chorarava também. A mim dava-me para rir porque parecia uma sinfonia… Mas neste caso ainda tive alguma paciência. Pensei que aquele pobre pai podia estar sozinho com a filha e pronto, que remédio tinha ele! Mas para mim o cúmulo foi um dia que eu estava lá na minha, a dar de mamar e entra uma mãe para mudar a fralda à filha… e o pai vem atrás!!! Olha para mim e mesmo assim fica ali especado. Desculpem mas neste caso não concordo! Se a mãe estava ali para mudar a fralda à filha e se está ali uma senhora a dar de mamar (eu) porque raios o pai tem que ficar lá dentro???

Também já lá estive com famílias de 4 e 5 pessoas a verem uma muda de fralda…

Isto tudo será normal? Custa muito dar privacidade a quem já lá está? Eu pelo menos respeito a privacidade dos outros.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

"Quando a mamã estiver preparada podemos dar a última vacina"

Hoje foi dia de vacinas. Quando me disseram que levava novas vacinas aos dois meses eu encolhi os ombros pois isso era num futuro daqui a mil anos. A verdade é que estes dois meses passaram a voar e hoje lá fomos nós.

A boneca ia levar 2 vacinas de injecção do Plano Nacional de Vacinação e uma extra via oral, prescrita pela pediatra. Quando lá chegámos ela começa  num berreiro que não há memória. Hora da paparoca. Nada mais prático do que amamentar!!! Em 5 segundos fiz as minhas manobras, zás, zás, zás e a Carlota já estava a mamar.

As enfermeiras acharam boa ideia aproveitar que ela estava a mamar para lhe fazerem as ‘maldades’. A primeira foi logo a oral, foi só interromper, enfiar-lhe a pipeta na boca e já estava. Ela refilou um bocado mas continuou na dela, a mamar. Depois, pica número um. Levantou a cabeça e começou aos berros. Olhava para mim a fazer beicinho e com uma cara tipo “Porquê???”. Eu sussurrava-lhe ao ouvido “Pronto… Já passou, meu amor…”. Mas a enfermeira deu-lhe outra e foi o drama. Uma choradeira naquele consultório. Às tantas chorava ela e chorava eu. Mas faltava mais uma… Pois é… A nova vacina do PNV, a Prevenar. Eu nem queria acreditar que ela ia ter que passar por mais uma. A enfermeira diz “Quando a mamã estiver preparada podemos dar a última vacina”. EU??? Quando eu estiver preparada? Que vergonha… Bom, engoli a seco e disse que ela podia avançar. E lá avançou. A última pica do dia. Mais choro, mais berros…


Agora está em casa um bocado rabugenta… Chora, geme mas por enquanto ainda não tem febre. Foi um dia difícil para as duas!! 


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Espero que escrever este post não dê azar.

Se há coisa de que me gabo relativamente à minha filha é do bem que se porta cada vez que vamos a um restaurante. É impressionante. Ela adora barulho… Quantas mais vozes e talheres a tilintar se ouvirem, melhor! Já quando vamos a restaurantes silenciosos não posso dizer o mesmo. Aí sim, começa num berreiro que a única coisa que nos deixa fazer é engolir o jantar à pressa para voltar para casa. (entretanto adormece no carro, claro)

Mas nos restaurantes movimentados a história é outra. É maravilhoso. É quase como se nem lá estivesse. Ontem foi assim. Chegámos ao restaurante por volta das 21:30. Ela acordou e guinchou um bocadinho até eu lhe dar de mamar. Mamou uns 15 minutos, enquanto comíamos as entradas, e voltou para o ovinho onde ficou a dormir ferrada o resto do jantar inteiro.

Deu tempo para desfrutar tranquilamente do meu jantarinho, polvo panado com risotto de tomate e molho tártato. Estava uma delícia! O restaurante foi muito bem escolhido, O Marinheiro, perto da praia da Galé (Albufeira).


Jantámos calmamente, voltámos para casa e ela só voltou a acordar para mamar às 03:00 da manhã!! J Coisa boa da mãe…


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Isto vai dar uma boa história para o blog

E vai dar mesmo. Mesmo estando grávida nunca recusei trabalhos e sabia que organizar eventos e estar presente nos mesmos com um bebé tão pequeno não ia ser fácil. Há umas semanas atrás andava eu a mil com a preparação de um casamento. Tinha uma reunião às 15:00 e decidi ir almoçar com a Carlota a uma esplanada para fazer tempo até lá. (Sim, e depois levava-a comigo à reunião) Estávamos
muito bem a almoçar junto a um lago, num ambiente zen e descontraído quando ela começa a ficar irrequieta. Já lhe tinha dado de mamar, já tinha arrotado, estava fresquinha… Mas que raios se passava com a miúda? Levantei-lhe assim uma perninha só por acaso e deparo-me com um cenário absolutamente decadente. As tais coisas que só acontecem aos outros. Filha minha borrar-se toda no ovinho e sujar o fofo e os laçarotes, folhos e afins? Nunca! Mas sim, aconteceu com a minha filha. O drama… Mas como sou uma mãe muito prática levei-a até ao carro para a trocar no banco de trás. Ando sempre com uma muda de roupa. Fraldas, toalhitas… o normal de cada mãe. Tirei a forra do ovo, meti num saco de plástico para lavar e fiz o mesmo com o fatinho dela. Limpei-a e pus-lhe uma fralda nova e um body lavado. Entre os meus orgulhosos e mecânicos movimentos fico com um pé preso debaixo do banco do carro e parto as tiras das minhas sandálias. Partiram mesmo! Não havia como. E ali estava eu. A uns minutos da minha reunião e descalça de um pé. Primeiro deu-me raiva e depois pensei”isto vai dar uma boa história para o blog”.

O que fiz, então? Fui a uma loja chinesa ali ao lado e comprei umas sandálias por €2,50! Fui à reunião e nunca mais voltei a usar as ditas que eram de péssima qualidade… Ao preço que foram não podia esperar mais…

E assim me tornei uma mãe prática! J


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mini Férias com a Mini

Depois de dois meses de muita loucura, berraria, fraldas, amamentação, chuchas, banhos e noites mal dormidas, resolvemos finalmente fazer uma pausa! As nossas primeiras mini férias a quatro!! (quatro porque a nossa cadela também conta)
Para mim é básico fazer malas para 4 ou 5 dias. Sei exactamente o que levar e o que é dispensável. Dou sempre uma mãozinha ao meu marido e já está! Mas este ano tive um novo e adorável desafio. Preparar a mala para um bebé de dois meses! O que levar?? E se tem frio? E se tem calor? E se suja a roupa toda?
Uma vez que o destino era o Algarve decidi vir com pouca coisa e se fôr preciso lavo roupa que seca num instante. Com o calor insuportável que está só trouxe 2 babygrows que ainda nem usou! Tem estado sempre de fralda e body sem mangas.

Na mala trouxe:
- vários bodys de manga curta ou sem mangas,
- 2 tapa fraldas,
- 2 babygrows,
- 2 touquinhas,
- três vestidinhos frescos
- 2 mantas de algodão,
- um pacote grande de fraldas,
- 2 resguardos

No necessaire:
- um frasquinho com o lavante,
- um frasquinho com o creme do corpo,
- creme da cara,
- creme dos refegos,
- creme barreira,
- creme para a crosta láctea,
- gotas anti-colicas,
- gotas vitamínicas,
- água termal,
- soro fisiológico,
- compressas,
- toalhitas


Tralhas que são indispensáveis para nós:
- o ovo,
- carrinho
- a alcofa que faz caminha
- a espreguiçadeira
… e só não trouxemos a banheira porque achávamos que já não cabia no carro!!


Até agora está tudo a correr muito bem e ainda não faltou nada! Espero que esta lista ajude a quem também vai de férias com as crias J


segunda-feira, 13 de julho de 2015

A Primeira Vez...

Tenho estado ausente aqui do blog, é verdade! Mas a Filha da Mãe não dá tréguas…

Este fim-de-semana houve casório. Como já referi é aquilo que faço da vida, organizar eventos, e este casamento foi sem dúvida muito especial!

Não sei quantos eventos já organizei na minha longa vida de 30 anos mas este foi sem dúvida um desafio gigante pois tenho comigo uma pequena assistente de menos de dois meses. Os dias antes do casamento foram a loucura de acertar últimos pormenores, alterações de última hora, novas ideias e claro… alguns imprevistos! Imprevistos acontecem sempre e é para isso que servem os wedding planners. Os noivos não têm que queimar neurónios com preocupações idiotas às portas do dia mais esperado das suas vidas!

Na manhã do casamento eu tinha que estar presente nas montagens. Pouco ou nada tinha dormido entre dar de mamar, enviar alterações de músicas ao DJ, mudar fraldas, relembrar o espaço da disposição das mesas, pôr a Carlota a arrotar e idealizar como ficariam os centros de mesa. Uma noite em branco de muito trabalho de mãe e de organizadora de eventos. Às 09h30 da manhã já estava no local a receber os fornecedores e a coordenar tudo. Todos os pormenores contam. Os noivos prepararam tudo com o maior carinho para os seus amigos e famílias e NADA podia falhar. Não queria ver um guardanapo que fosse fora do lugar! Felizmente as equipas com quem trabalho dão-me muita segurança e tudo foi acontecendo como planeado.

Mas e a minha pequena assistente no meio disto tudo? Na manhã das montagens deixei-a pela primeira vez! Ficou com a minha mãe. Tirei um bocado de leite na véspera e deixei para quando ela acordasse com fome. Digo-vos que não foi nada fácil. Na primeira hora, hora e meia até estava tranquila. Mas à medida que o tempo ia passando, a ansiedade ia crescendo. Será que ela está bem? Será que acha que eu a abandonei? Estará a fazer beicinho? Comecei a apressar as equipas que estavam comigo e assim que tudo estava mais ou menos encaminhado pus-me a caminho de casa. Quando lá cheguei ela dormia descansada! Não chorou, não fez birra, nada… Ficou no miminho da avó, bebeu o leitinho e ficou muito bem entregue. Foi um alívio enorme saber que ela se tinha portado tão bem!


O casamento foi um sucesso! As decorações estavam lindas, os noivos mais felizes que nunca e a nossa boneca que veio connosco, portou-se como uma princesa! Sim, para além de organizadora fui também convidada. Adorei!


quarta-feira, 8 de julho de 2015

A Paciência (Não) Tem Limites

Eu sou uma pessoa extremamente impaciente. É dos meus maiores e mais visíveis defeitos. Detesto esperar por seja o que for.. Detesto filas, detesto esperar em restaurantes, detesto quando alguém se atrasa… Deixa-me louca. Eu tenho mesmo muito pouca ou nenhuma paciência. É horrível, eu sei.

Tenho a perfeita noção que nestes 30 anos de vida fui sempre extremamente impaciente. Até agora… Agora que remédio tenho eu! A paciência para a minha filha não tem limites. Seja quando ela adormece a mamar às 04 da manhã ou quando não arrota ou quando está a chorar (vulgo a mandar a casa abaixo tal é a berraria) ou quando lhe corto as mini mini mini unhinhazinhas ou quando acabo de mudar a fralda e oiço-a a fazer o número 2 cheia de orgulho.


Ganhei todo um novo estofo no que diz respeito à paciência. Sim, continuo a ter os meus laivos de loucura e às vezes apetece-me mandar tudo à fava e dizer que não estou para isto, que quero a minha vida de volta, que ela é insuportável, que nos calhou o pior bebé na rifa. Mas depois olho para aqueles olhos enormes e redondos e aquele beicinho que ela faz…. E não há como resistir. Ganho assim uma dose extra de paciência e lá entro eu naquele ciclo, muda fralda, dá de mamar, põe aarrotar, embala… Eu. A pessoa com menos paciência que existe. Derreto-me com ela. Não há como. É como se o tempo fosse infinito e eu não tivesse pressa para nada. Depois ela lá adormece e é um alívio. Mas se passadas 3 ou 4 horas ela não acorda eu já estou a respirar para cima dela cheia de amor para lhe dar e à espera que ela o peça! 


terça-feira, 7 de julho de 2015

Em modo Wedding Planner

Esta semana andamos a mil. Lembram-se que no primeiro post escrevi que tinha deixado a empresa onde trabalhava para me dedicar à organização de eventos? Pois não cheguei a explicar bem aquilo que faço ao certo.

Organizo eventos empresariais como convenções, workshops, lançamentos de produto, reuniões, acções de team building, etc. E organizo também eventos particulares como casamentos, festas de anos, baptizados, etc.

Trato de tudo o que é preciso! Procurar espaços, catering, decorações, convites, audiovisuais, animações, brindes, prémios, fotografia… São inúmeros os serviços de que trato! Adoro! Dá-me um gozo enorme. Se algum dia precisarem, podem contar com a minha dedicação!

Bom, no próximo Sábado tenho um casamento de uns noivos muito especiais que além de clientes são acima de tudo amigos. Praticamente família! Assim, o empenho e carinho que ponho neste evento vai muito além do que é habitual num wedding planner. Adoro o que faço e todos os eventos que organizo são feitos com uma dedicação gigante mas este tem assim um gosto diferente. Ah e vou ser wedding planner e convidada ao mesmo tempo! Tudo isto com a minha filhota atrás. Vai ser uma animação!

Isto ia dar jeito. (imagem do Pinterest)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Demência Maternal

Todos os dias é a mesma coisa. É uma organização tão grande para sair de casa que é inevitável ir no carro a fazer um checklist mental para me certificar de que não me esqueci de nada.

As minhas prioridades são Carlota em segurança, telemóvel e chaves. Destas 3 coisas não me esqueço nunca. Imaginam o que fica esquecido?

No outro dia resolvemos ir passar o dia a Fátima. Quisemos ir agradecer pela nossa filha e acender uma vela por ela, por uma vida longa, saudável e feliz.

Sabia que ia estar um calor de morte nesse dia, então quis garantir que ela ia fresca, Não me podia esquecer das rodas do carrinho, o ovo, uma muda de roupa, toalhitas, etc.

O que é que eu me esqueci de levar? FRALDAS!!! Passar um dia fora de casa com um bebé de um mês mas sem fraldas não é muito boa ideia. Que raiva interior que me deu! Claro que tive que comprar um pacote de fraldas (quando tinha montes de pacotes em casa desse tamanho).

Mas já consegui ir mais longe na minha demência maternal. Já saí de casa e deixei o portão de casa completamente aberto...

Muito mau não é? 

Pois, mas para além disso deixei também a porta das traseiras aberta!!! O que vale é que aqui na aldeia todos nos conhecemos e deviam achar que eu estava só a arejar a casa!

Todos os dias é assim…Fico horas a pensar se não me esqueci de nada, se fechei tudo, se não ficou nada ligado… sinto que o meu cérebro já não armazena tanta informação, ou melhor, armazena… eu é que tenho muita informação nova para ele armazenar.


Desde que eu não me esqueça da cria em casa, está tudo bem! :) 



















Forra do ovo - Blu Home
Saco de saída - Mamma Pi

domingo, 5 de julho de 2015

A Quinta

Hoje foi dia de ir ao sítio que mais e melhor representa família para mim. A Quinta.

A Quinta foi onde passei praticamente todos os meus fins de semana de infância, todas as férias de Verão, muitas festas de anos e a minha noite preferida do ano, o Natal. Foi lá que achei que vi o Pai Natal, foi lá que descobri que o Pai Natal não existia.

Foi na Quinta que aprendi a andar de bicicleta, subi às arvores mais altas, fui à capoeira roubar ovos. Na Quinta passava dias na piscina, lanchava pão com manteiga e leite com chocolate UCAL. Fazia chupas de caramelo e batidos de meloa. Na Quinta fazia directas com o meu irmão pois isso fazia sentir-me mais crescida.

Desde que me conheço que conheço a Quinta. Cresci entre cá e lá. Tantas fases da minha vida lá passadas. Ora ia com amiguinhas da escola como com amigas da minha adolescência. Gincanas nuns anos, jantares e conversas noutros.

Foi na Quinta que me casei pois não há nenhum outro sítio que me seja tão familiar. E foi mágico.


Hoje levei a Carlota à Quinta pela primeira vez e foi tão especial. Espero continuar a levá-la muitas e mais vezes. Que passemos lá  muitas noites de Natal e que ela ganhe por aquele sítio o mesmo amor que eu tenho.




sexta-feira, 3 de julho de 2015

Visitas para que (não) vos quero

As visitas na maternidade ou até depois, em casa, são sempre um um tema que causam bastante ansiedade a uma grávida já de termo. Claro que as intenções dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, vizinhos, balconistas da repartição de finanças da freguesia e passeador de cães da aldeia são sempre as melhores. E temos todo o gosto em apresentar o novo rebento a esta gente toda… Mas não o esperem que isso aconteça quando a mãe ainda está a ganir de dores nos pontos, com as costas todas tortas devido às contracções do trabalho de parto, com o cabelo por lavar há dois dias, em camisa de noite, etc.

Depois do parto o cansaço é imenso! Claro que há um enorme excitamento em mostrar o bebé mas é normal que nos primeiros tempos (e quando digo tempos podem ser semanas) a mãe queira partilhar o bebé apenas com o pai, com os avós e tios (do bebé). Depois com o passar do tempo tudo começa a ir ao sítio, a nova família já tem a sua rotina traçada, já não andam com vontade de se matarem uns aos outros… Aí é a melhor altura para visitar. E também a mais segura, se não querem que sobre para vocês.

No meu caso, sempre disse que só queria o meu marido e família directa na maternidade. Ou seja, os avós e tios da Carlota. E assim foi! Só tive duas visitas inesperadas de um
a tia e uma prima mas que não chatearam rigorosamente nada, até me soube bem! Foram amorosas, nada de excitamentos. As visitas eram sempre curtas e nunca estavam mais que duas pessoas mais o pai no quarto. Regras do Hospital de Cascais. O quarto era privado por isso não tive que levar com as visitas de mais ninguém o que também foi óptimo!




Como me sentia relativamente bem ainda disse a uma (grande) amiga que lá passasse para conhecer a Carlota. E gostei  muito que ela tivesse ido. Só não foi logo porque eu dizia que não queria ninguém na maternidade.

Em casa, fomos gerindo as visitas com calma. 3 a 4 pessoas no máximo e durante pouco tempo. Correu tudo muito bem!

Uma dica para as visitas em casa:

Gel desinfectante – porque toda a gente adora pegar e mexer nos bebés
Bolachinhas secas – para oferecer a quem nos visita

Cervejas frescas, sumos ou vinho branco fresquinho – nesta altura de calor sabe bem. Para os convidados… Não para as mães que estão a amamentar!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Posso pegar? Não, não pode!

Mas porque é quando a cria dorme ferrada toda a gente lhe quer pegar?? 

É porque ela fica com um ar adorável não é? Qual anjinho inocente e fofinho. Não se deixem enganar, minha gente. Acreditem que se acordam a Carlota do seu sono de beleza, acordam um demoniozinho enfurecido com uma voz estridente! 

Deixem-na dormir na paz do Senhor. Fiquem a adorar a menina à distância. Não lhe toquem, não respirem para cima dela, não lhe mexam nos pezinhos, nem nas mãozinhas… Deixem-na dormir pelo amor da santa porque depois de brincarem com ela, de a estimularem toda, quem tem que acalmar a fera sou eu!! E esta fera só acalma com duas coisas… Maminha ou um passeio de carro. É fina! Por isso, Não! Não podem pegar!


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Então e tu? Já não vais para nova!

Quem me conhece sabe que há muito desejava constituir família! Quis Deus, ou o destino, que isso levasse um tempinho a acontecer. É daquelas coisas que achamos que só acontecem aos outros. Achamos que quando chegar a nossa vez há de ser, na pior das hipóteses à terceira porque “à terceira é de vez”. Mas não é. Connosco não foi.

O tempo passa incrivelmente depressa e quando damos por nós já estamos até um bocado frustradas por nada acontecer. A piorar a situação vem a pressão da família, dos amigos e até dos colegas de trabalho.

“Então e tu? Já não vais para nova!” Eu nunca percebi como é que alguém é capaz de fazer estes comentários a outra pessoa. Uma mulher pode não ter filhos pelas mais diversas razões. Porque não está preparada. Porque não consegue. Porque é fisicamente impossível para ela. Porque o marido/namorado não quer. Ou simplesmente porque não quer, ponto final. Ninguém, repito, NINGUÉM, tem nada a ver com isso! É de uma insensibilidade gigante colocar essa pressão em cima de uma mulher e eu sofri isso na pela durante algum tempo.

Depois as pessoas começam a perceber que algo se passa e os comentários começam a ser “Tens que ter calma. Vais ver que é quando menos esperares.” Seriously, não comentem sequer! Não falem disso. Falem do tempo, da troika, do Bruno Carvalho… Não se metam!!! 

À medida que o tempo ia passando cheguei a pensar que nunca iria acontecer… Mas aconteceu! No mês em que decidi fazer uma mudança radical na minha vida foi quando engravidei da Carlota e tudo mas TUDO ganhou um novo sentido, uma nova cor. Adorei cada minuto da minha gravidez e sentia-me tão feliz e tão grata a cada dia que passava. Exactamente como me sinto agora que a tenho connosco.

(a minha boneca cheia de flexibilidade dentro da barriga da mãe... saudades!)

Não vou deixar nenhum comentário nem nenhum conselho a quem está a passar pelo que eu passei… Só quero dizer uma coisa… Vivam um dia de cada vez! Quero dar um ênfase especial ao “Vivam”. 

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