Eu nunca soube o que era um
trabalho a tempo inteiro até ser mãe. Já trabalhei onde exigiam muito de mim. Muitas
horas por dia fiz. Muitas horas à noite também. Fins de semana idem. Achava eu
que aquilo era um trabalho a tempo inteiro. 8, 10, 12 horas por dia! Não
imaginava nada mais cansativo, exigente, doloroso às vezes, trabalhoso. Aquilo
era ‘peanuts’ ao lado deste novo ‘trabalho’. Ser mãe é ter um trabalho a tempo
inteiro MESMO. Não são 12, nem 14, nem 16 horas por dia. São 24 horas por dia
que às vezes parecem 50! É coordenar tudo ao minuto. Os banhos, as tarefas da
casa, o responder a e-mails de trabalho, as refeições e se der (que raramente
dá) um tempinho para nós, ler uma revista, apanhar um pouco de sol no jardim,
dormir uma sesta. A maternidade manifesta-se a toda hora. Há sempre fraldas
para mudar, amamentar, dar o ‘arrotinho’, o banho, passar os cremes, bolçou,
mudar a roupa, fez cocó… Aiiii que canseira. Nem de noite isto acaba! E estamos
sempre, mas SEMPRE, vigilantes. Está a respirar? Parece-me um bocado azulada. Acho
que está com calor. Tem frio. Foi picada por uma melga. A crosta láctea não
sai. Está toda babada. Onde está a chucha?
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