domingo, 18 de junho de 2017

Ser mãe pela segunda vez


“Ser mãe pela segunda vez” é uma coisa que, para mim, nunca fez sentido. A meu ver, somos mães assim que temos o primeiro filho. Continuamos a ser mães depois de ter o segundo, o terceiro, etc. Ou se é mãe ou não se é. Para mim não faz sentido ser mãe pela segunda vez. Temos mais um filho, voltámos a ter um bebé, a família cresceu. Mas mãe já éramos e vamos continuar a ser independentemente do número de filhos que temos.

Mãe de segunda viagem. Outra expressão muito comum nos fóruns e grupos de mães nas redes sociais. Esta experiência tem sido completamente diferente da primeira vez ou viagem. Encaro tudo com muito mais serenidade. Desde as dores iniciais da amamentação ao choro estridente do bebé. Sei que tudo passa, que tudo melhora com o tempo. Sei também que pode piorar por isso agradeço cada sesta de 3 horas que o António faz, cada fralda suja que mostra que tudo está a funcionar bem, cada mamada que sei que me vai aliviar a dor.  Acredito que o facto de eu estar mais calma com esta experiência ajuda-o a ele a estar  mais calmo também. Não há tantos gritos como houve da primeira vez. Não há tanto desespero. Há muuuitas noites mal dormidas, sim. Há um cansaço imenso porque a minha filha mais velha só tem 2 anos e precisa muito de mim (e eu dela. Não fazem ideia do quanto eu preciso de ficar a sós com ela). Há muitas lágrimas, sim. Mas desta vez já sei que não é problema meu mas sim das hormonas que estão ‘onfire’. E ainda há dor de um parto recente.

Desta vez contamos também com um pai mais experiente e confiante que se divide sempre que pode para darmos conta dos nossos dois bebés. Ele entretém-se mais com a Carlota, leva-a a passear, dá banhos, adormece-a… Eu tenho que estar mais com o António que precisa de mamar e que ainda está a conhecer este mundo fora da barriga da mãe. Ainda precisa muito de contacto físico comigo, ouvir o coração bater, etc. Mas quando ele adormece… Aproveito logo para me agarrar à Carlota! A minha boneca, princesa, melhor amiga.


Apesar do cansaço estou de coração cheio, estou tão grata, tão feliz, tão apaixonada pela minha família. Fui mãe há dois anos e tive o privilégio de voltar a ter outro amor assim. Mas acredito que mãe ou se é ou não se é. Não fui mãe outra vez. Sou mãe há dois anos. Agora sou é mãe de dois. <3 



sábado, 17 de junho de 2017

A chegada do António

Aquela conversa de que o segundo filho é sempre mais rápido e custa menos é pura mentira. Ora estava eu convencida que o António ia nascer mais cedo que a Carlota, que nasceu às 39 semanas e ele decide nascer precisamente no dia em que fez 40 semanas. Nasceu mesmo no dia previsto.

Claro que eu que achava que ele vinha mais cedo comecei a ficar muito ansiosa às 38 semanas. Não estava muito nervosa mas estava sempre naquela "será hoje". Quando passámos as 39 semanas comecei sim a ficar nervosa, impaciente, insegura. O médico dizia que estava tudo atrasado... Falou em indução às 41 semanas, em cesarianas caso o bebé fosse muito grande, etc.

Passei a última semana num estado de ansiedade brutal. Não percebia porque é que nada acontecia. Tinha contracções mas muito irregulares e com pouca dor. Comecei a acreditar que se calhar ia mesmo às 41 semanas...

Dia 9 de Junho veio a Lua Cheia... Às 23h00 comecei com contracções com dor que rapidamente passaram a muita dor. Às 02h00 chegámos à Clínica de Santo António. O atendimento foi para lá de bom. Puseram-me logo num quarto onde fiz todo o trabalho de parto a circular, a fazer exercícios com a bola de pilates (que me disponibilizaram), deixaram-me à vontade para pedir anestesia assim que entendesse. Quis aguentar ao máximo. Estive até às 06h00 da manhã neste processo. Muita dor, contracções, dilatação... Foi duro mas foi exactamente como eu quis que fosse. Às 06h30 rebentaram-me as águas e aí pedi a epidural pois estava para breve.

Entretanto chegou o meu médico e foi muito bom vê-lo ali. Senti-me ainda mais acompanhada. Lá fomos para o bloco e o António nasceu às 09h04! 3,470 kg e muita vitalidade pois berrava alto e a bom som. Desta vez chorei, quando o puseram em cima de mim. Abracei-o e dei-lhe tantos beijinhos! 

Ainda fiquei dois dias na CLISA e correu tudo lindamente. Um ambiente muito tranquilo, muito familiar, muito silencioso.

Queria agradecer em especial a:

Dr. Paulo Vasco
Enfª Lurdes Costa
Enfª Mafalda
Enfª Sandra

Estas quatro pessoas ficaram com um lugar especial no meu coração :) E no do António! 

Estou tão feliz por já o ter cá fora! A nossa casa ficou ainda mais cheia. É muito mas muito bom. É bom demais. 
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