quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A nossa escapadela

Depois deste fim-de-semana, tive outro semelhante logo a seguir. O meu cansaço mais as hormonas da gravidez fizeram-me entrar em desespero total e senti que precisava MESMO de um tempo para mim e para o meu marido. Não sei se acontece com mais casais ou se somos muito um caso raro mas precisámos de uma pausa.

À última de hora, num Domingo, decidimos deixar a Carlota com a minha mãe para irmos passar uns dias fora, só os dois. Só deixámos a Carlota uma vez e íamos visitá-la durante o dia. Nunca tínhamos deixado assim 3 noites, 3 dias, sem a ver. Pensei que me ia custar horrores mas não. Chamem-me insensível mas eu estive sempre muito tranquila por saber que ela estava tão bem entregue e aproveitei para desfrutar ao máximo do tempo que tinha para mim e para o Gonçalo. 

Dormi 10 horas seguidas pela primeira vez em muito tempo. Tomei banhos de imersão prolongados. Lavei o cabelo nas calmas. Passei creme pelo corpo todo. Dormi sestas. Li não sei quantas páginas do meu livro. Almoçámos e jantámos com conversas do princípio ao fim. Rimos às gargalhadas. Olhámos um para o outro outra vez como namorados e não apenas como os pais da Carlota. 

Foi realmente bom e nem consigo descrever o bem que nos fez. Estamos decididos a fazer isto mais vezes, a não deixarmos chegar ao ponto de desespero e cansaço em que estávamos. 

Por incrível que pareça a Carlota parece que até veio mudada... Não tem feito birras, tem sido divertida, meiguinha, amorosa! Tem-se portado tão bem que eu não chego ao fim do dia tipo zombie. Dar-lhe o banhinho tem sido uma animação, brincar com ela também e adormecê-la é um momento de mimo e paz. Está a crescer... está mais segura. É tão bom!

Agora é aproveitar antes do mano nascer para ter mais umas escapadelas românticas porque depois vai andar sempre pendurado no meu pescoço, que eu bem sei...


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Fui levada ao limite

Este fim-de-semana fui levada ao meu limite. Foi um fim-de-semana de loucos.

Tenho andado com umas dores nas costas horríveis. Só de um lado e que me apanham uma perna. Chego mesmo a coxear! 

Mandei mensagem ao meu médico e ele sugeriu que fosse às urgências pois podia ser cólica renal. Isto foi numa Sexta-feira à noite, já a Carlota estava na cama. Como não tínhamos ninguém com quem a deixar e para eu também não ir sozinha à noite decidi ficar em casa. Sábado de manhã lá fomos, então. O Gonçalo deixou-me no hospital e foi embora com a Carlota para não ficar ali sujeita a vírus e coisas.

Diagnóstico: Princípio de ciática. Menos mau (acho eu). Uns comprimidos e vim embora.
Sábado o resto do dia correu bem. A Carlota e eu tivemos um lanche de amigas e filhas das amigas e ela portou-se lindamente.

Já Domingo foi o descalabro. Estava um dia solarengo e sugeri irmos almoçar a qualquer lado. Lá fomos a um sítio que adoro, calmo e com um espaço enorme, amplo, para soltar a fera caso fosse preciso. E foi mesmo. Durante o almoço esteve sempre embirrenta e de repente abre mesmo a goela num berreiro que não há descrição. Para poupar os ouvidos às outras pessoas, deixei o meu almoço a meio, levantei-me e fui passear com ela para ver se ela se acalmava. Ela lá pareceu mais contentinha e decidi soltá-la ali para andar e correr um bocadinho. Adorou! Andava de um lado para o outro toda contente. Passado um tempo disse "Carlota vamos ter com o pai." e chamei-a para mais perto de mim para voltarmos. Ela vira-me as costas e começa a correr na direcção oposta. Como havia ali umas escadas corri atrás dela e agarrei-a no braço e repeti "Vamos lá ter com o pai". Ela atira-se para o chão a espernear e a esbracejar. E começa a fugir de mim a gatinhar. Já toda suja, claro. Nisto salta-lhe um sapato! Eu baixo-me e agarro nela para a sentar ao meu colo e calçar-lhe o sapato. Continua a espernear, a berrar, a esbracejar... Não esquecer que estou já com uma bela barriga de 5 meses, com ciática e estava a tentar domar um leitão de 12 kgs histérico! Fiquei super nervosa com a situação, tudo a olhar para mim. Levantei-a e levei-a ao colo até ao meu marido. E só disse "Não aguento mais, faz qualquer coisa, por favor." Passei-a para os braços dele e... desatei a chorar. Pois é. Fui-me mesmo abaixo. Senti-me desesperada. Foi tudo ao mesmo tempo. Os nervos, as dores nas costas, o peso da barriga, as noites mal dormidas, o não saber o que fazer nestes casos. Fiquei mesmo, mesmo em baixo. Acho que ela nunca tinha feito uma birra assim. E por mais que eu quisesse que ela se portasse bem, como uma crescida, não me posso esquecer que ela só tem um ano e meio. 

Não sei se a minha reacção há de melhorar com o tempo, com as leituras, com a experiência. Não sei se são todos assim ou se é a minha filha que é uma excepção. Não sei nada de nada e só nestas alturas é que percebo isso! 

Desculpem lá o testamento mas nem tudo é um mar de rosas nisto da maternidade. A verdade é que há episódios que dão cabo de mim, este foi um deles. O que me assusta mais é saber que daqui a 4 meses (se Deus quiser) está mais um cá fora! 


Breathe in... Breathe out... 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Educar com Mindfulness

Nesta fase da Carlota, quase a chegar aos dois anos, sou confrontada diariamente com comportamentos com os quais não sei mesmo lidar. Às vezes perco a paciência e grito, outras vezes abraço-a e dou-lhe beijinhos e outras vezes ignoro. 

Há birras, muitas birras. Há guinchos, há atirar coisas para o chão. Diz 'mãe' milhares de vezes por dia. Diz 'pai' milhares de vezes por dia. E responde 'não' a tudo e mais alguma coisa. 

Há dias em que olhamos um para o outro, o meu marido e eu, e simplesmente não sabemos lidar com ela. As tais coisas que achávamos que só acontecem aos outros. Filho nosso jamais teria este tipo de comportamento. Levava logo uma palmada. Só que não. Dar uma palmada pode ser o mais fácil para muitos, para mim é realmente difícil. Não gosto de dar, não quero dar.

Assim sendo, não tenho problema nenhum em admitir que preciso de ajuda, preciso de me informar, de saber mais, de conhecer casos parecidos. 

Ontem comprei este livro "Educar com Mindfulness". Não faço ideia se vai ajudar ou não mas estou curiosa.
Já alguém leu? O que acharam?


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Férias em Família... Mas onde?

Tal como a maioria dos portugueses que por esta altura do ano já está farta de frio, de rotinas chatas, de acordar cedo, de estar branca esquálida, etc., começo a pensar nas próximas férias de Verão. 

Antes de ter filhos recusava-me a tirar férias em Agosto, isso era para o 'povo', dizia eu. Achava eu que o 'povo' eram pessoas que escolhiam de propósito o mês de Agosto para tirar férias pois gostavam de enchentes nas praias, nos restaurantes, nos hoteis, etc. Era uma espécie que eu não compreendia mas sabia que não fazia parte dela.

Depois de ser mãe percebi que esse 'povo' provavelmente são pais cujos filhos não têm escola no mês de Agosto e ficam reduzidos a duas hipóteses: ou ficam em casa a dar em doidos (pais e filhos) ou vão de férias em família fazendo o melhor que se pode. 

Ora eu confesso que já sou do 'povo' e com muito orgulho!  A escola da Carlota fecha o mês todo de Agosto e eu recuso-me a ficar fechada em casa com ela e com um bebé de dois meses. Duvido que alguém sobrevivesse! Ela ia ficar maluca, eu maluca ia ficar e o bebé tenho a certeza que ia querer voltar para dentro da minha barriga.

Assim sendo, tenho andado a averiguar sítios bons para irmos de férias em família. O ideal é que seja com uma distância a pé da praia para evitar cadeirinhas e carrinhos e afins. Com piscina, para um mergulho rápido no horário de calor que eles não vão poder estar ao sol. Se não tivesse muita gente era o ideal, claro, mas sei que em Agosto isso é impossível.

As hipóteses que tenho visto são o nosso Algarve que adoro! O sul de Espanha, ou Cabo Verde mas ainda não sei se estou preparada para me mandar para as Áfricas com dois filhos tão pequenos. Tenho sempre medo que precisem de cuidados médicos urgentes e depois é mais complicado.


Se alguém quiser partilhar histórias de férias em família, força! Dêem ideias e dicas ;) 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O segundo parto

Noutro dia, num jantar, falava-se de partos. Perguntavam-me se eu eu já pensava muito no parto que aí vem. A verdade é que começo a pensar, sim. Mas há uma coisa que me assusta um bocado. É que o parto da Carlota correu tão bem que me custa a acreditar que tenha outro assim. 

Com a Carlota rebentaram-me as águas às 16h30. Às 17h00 cheguei ao hospital e às 21h20 ela estava cá fora. Tive muitas dores, sim. Passei por tudo e mais alguma coisa mas foi super rápido, não houve complicações, não entrei em pânico. Foi tranquilo. Confiei totalmente na equipa médica e fomos mesmo uma equipa, elas, eu e a Carlota.

Será possível ter outro parto assim? 
Ou será que apagamos da nossa memória os pormenores menos bons e guardamos apenas boas recordações?
Mães de dois ou mais, contem-me as vossas (boas) experiências! 
A sério, que atiro uma pedra a quem vier aqui assustar-me!! 
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