Hoje às 06h30 da manhã a Carlota estava com 39 graus de febre. Farta de não saber o que ela tem nem como ajudar a que se sinta melhor decidimos ir às urgências do Hospital de Cascais. Enviei um SMS à pediatra dela que trabalha lá a avisar que íamos e lá fomos.
Fui super bem recebida logo no balcão de atendimento. Deram-me a senha e em 15 minutos, se tanto, estávamos na triagem. Como lhe dei o benuron antes de sair de casa ela não marcava febre e por isso pulseirinha verde!
A pulseirinha verde é, por um lado, a melhor coisa que podemos ter pois é sinal que nada de grave se passa com as nossas crias e por outro, o pior que podemos ter pois é sinal que vamos passar ali uma grande temporada.
E assim foi. 3 horas à espera que nos chamassem e nem foi a médica dela a atendê-la pois tinha tido uma emergência. No meio disto tudo claro que eu só dava graças por a emergência não ter sido com a minha filha. Fomos atendidas por um médico muito simpático e carinhoso com a Carlota. No fim da consulta a médica dela apareceu!! Só para dizer um 'olá' e certificar-se que estava tudo bem.
A Carlota não tem nada de grave, graças a Deus, mas antevejo mais uns dias de molho em casa. Eu já quase trepo pelas paredes de tão farta de estar em casa que já estou.
Mas este post não é só para dizer que fomos ao Hospital e está tudo bem. É para escrever sobre algo que, para mim, não faz muito sentido. Faz algum sentido sujeitar bebés pequenos a uma espera de 3 horas num corredor carregado de micróbios, bactérias, vírus e todo o tipo de bicharocos? Não faria sentido haver uma urgência ou uma senha com prioridade para lactentes? É que estavam lá 'crianças' com uns 23 anos a andar na boa pelo seu próprio pé, todos sorridentes e que provavelmente tinham torcido um pé na educação física. Um bebé com febre há 5 dias não devia ter prioridade? Eu sei que quando for a Carlota a torcer o pé na aula de educação física (espero que isso não aconteça) eu vou engolir estas palavras mas hoje isso revoltou-me mesmo! Ver miúdos enormes, sem nada de grave a entrarem nas consultas à frente de bebés que choravam nos seus carrinhos e ovos porque a minha não era a única! Ou pelo menos, arranjar uma salinha para os bebés esperarem para não estarem no corredor das bactérias e vírus.
Bom, o máximo que posso fazer é deixar-vos um conselho e foi exactamente isto que eu fiz:
Colocar uma máscara. Sim, uma máscara daquelas dos hospitais. Coloquei a máscara para não levar com os micróbios dos outros mas os outros olharam para mim como se eu estivesse contaminada com qualquer coisa e o que fizeram? Afastaram-se!! Isso mesmo!
E lá estive 3 horas com o meu bebé a ver os calmeirões a serem atendidos à nossa frente...