sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Viajar com Criancas - Republica Dominicana


Ora finalmente tenho um tempo para escrever sobre os dias espectaculares que passámos na República Dominicana.

O meu marido e eu adoramos viajar. Desde que começámos a ‘andar’ que fazemos pelo menos uma viagem por ano. Já fomos a imensos sítios (já lá vão muitos anos disto) e sempre que chegamos de viagem já estamos a pensar no próximo destino. Já viajámos um pouco por todo o lado: Londres, Amesterdão, Marbella, Roma, Veneza, Florença, Paris, Brasil, Cuba, México, República Dominicana, Cabo Verde, Singapura, Tailândia, Indonésia… Mais uns quantos. Uma por ano, no mínimo. Era regra. Claro que todas as regras mudam depois de termos filhos. Desde que a Carlota nasceu a única viagem que fizemos foi ao Funchal. Depois vamos sempre adiando os planos de viajar outra vez. Depois veio o António. Depois, depois, depois…

Até que li o livro “A Viagem”. É sobre aquela família que deixou tudo, vendeu tudo, para irem viajar pela Ásia durante 8 meses com os três filhos. Pensei “se eles conseguem viajar 8 meses, com 3 filhos pela Ásia, nós também conseguimos viajar durante uma semana com dois filhos”.

Dito e feito. Escolhemos o destino com base naquilo que procurávamos e precisávamos. Praia, calor, tudo incluído, sem stress, sem preocupações, com condições para crianças e boa alimentação. No entanto, queríamos evitar grandes confusões e barulho. Já conhecíamos Punta Cana e não adorámos. Descobrimos Bayahibe, perto de Punta Cana. Escolhemos o hotel Iberostar e ainda optámos por fazer um ‘upgrade’ para Star Prestige. Passo a explicar. Nestes hoteis é muito frequente os clientes irem reservar as espreguiçadeiras da praia às 6 da manhã e quando lá chegamos já não há lugar para ninguém. Este upgrade permite o acesso a uma zona da praia restrita, com espreguiçadeiras e camas balinesas para todos. Ainda temos os empregados a trazerem-nos bebida e comida a toda a hora. Um serviço 5 estrelas! Valeu totalmente a pena.

Havia duas coisas que me assustavam nesta aventura: o vôo de 8 horas com eles e a possibilidade de alguém se magoar lá e precisar de assistência médica.

O vôo para lá foi uma agradável surpresa. Foram 7 horas e meia, mais ou menos. Fomos por volta das 14h00. Serviram um almoço a bordo e a Carlota adormeceu logo a seguir. Dormiu uma sestinha de uma hora. O António também. Depois foram acordados as outras 6 horas. Mas foi tranquilo. A Carlota foi o tempo todo a brincar com os outros passageiros, connosco, a ver vídeos no tablet… o António ia dormitando ao meu colo, acordava para beber leite, ria… Foi mesmo pacífico. 



Claro que depois chegámos cansados ao aeroporto, ainda apanhámos um transfer de 1 hora até ao hotel e tudo o que queríamos era enfiarmo-nos na cama. Mas ainda há AQUELE momento que todos os que já estiveram neste tipo de hoteis conhecem. O momento em que nos trazem aquela bebida estranha e há todo um ritual de boas vindas. Estamos cansados, não fazemos ideia do que leva a bebida, se o gelo é de água engarrafada, etc. Vocês sabem, não é? Mas ao mesmo tempo estão aquelas almas de sorriso na cara, tão felizes a receber-nos. Por mais cansados que estejamos, temos que colaborar e agradecer!
Lá fizemos o check in. “Ah e tal, os senhores vão ficar no nosso melhor quarto”. Olááá… estamos a começar bem!

Fomos no carrinho até ao nosso bloco. António pendurado na mochila, Carlota feliz da vida, pais exaustos. O quarto era enorme. Tínhamos um quarto com uma mega cama, duas caminhas para eles, uma casa de banho espectacular, uma sala enorme com casa de jantar e mais uma casa de banho. Tínhamos ainda uma varanda enorme com vista para o mar pois o nosso bloco ficava em cima da praia. Espectacular!






Fomos dormir, de rastos, desejosos que amanhecesse para irmos explorar aquele paraíso.
O dia veio revelar-nos um sítio único. O hotel está cheio de espaços verdes super bem cuidados, uma vegetação linda, imensos animais à solta (pavões, cisnes, flamingos…). É lindo! E melhor que ver isto tudo, é ver a cara dos nossos filhos deslumbrados por verem um flamingo.




Depois do pequeno almoço lá fomos para a praia e era tudo aquilo que imaginávamos ou melhor. Areia fina, branca. Espreguiçadeiras brancas, zonas lounge, tudo branco. Um bar por cima de um deck de madeira. Palmeiras altas. E o mar. Aquele mar das caraíbas que é um verdadeiro postal. Água quentinha, azul turquesa. Era tudo o que precisavamos, tudo o que queríamos. Era melhor do que estavamos à espera. Que gratidão enorme ao pisar aquela areia, ao entrar dentro de água.











Ver a Carlota a correr pela praia, a fazer castelos, a rebolar na areia, a dar mergulhos. Ver o António a pôr os pezinhos na areia pela primeira vez. Aqueles sorrisos deles, meu Deus. Aqueles sorrisos.

Foi uma semana maravilhosa. Apanhei sol na pele, coisa que não acontecia desde 2015. Li um livro de quase 400 páginas, acreditam? Numa semana! Comi lindamente, tudo vegetariano e havia imeeensa oferta. Dei tantos, tantos mergulhos! (ai o meu rico alisamento!)



















Quanto aos miúdos, claaaro que houve birras de vez em quando. É importante manter a rotina básica. Ou seja, íamos à praia logo de manhã, depois íamos almoçar e depois íamos sempre ao quarto para eles dormirem a sesta. E dormiam duas horas! Precisavam mesmo. Acordavam e voltávamos para a praia. Ao fim do dia era banhos e jantar cedo. Às vezes esta hora era mais caótica. Principalmente para o Antóniozinho que já estava muito cansado. Mas com paciência tudo se faz. É ignorar algumas coisas, deixar outras que normalmente não deixamos, tudo para aproveitar ao máximo a semana e termos alguma paz. Quer comer sem babete, come, não quer estar sentada, quer estar de joelhos, que esteja. Desde que esteja minimamente alimentada e hidratada, está tudo certo. Desde que não seja mal criada, tudo OK.

A semana passou a voar e logo já estávamos de regresso a Portugal. O dia de volta foi um dos piores dias da minha vida!!! O aeroporto de Punta Cana é um verdadeiro atraso de vida. Muito duro para quem tem crianças pequenas. Filas e filas para check in, para raio X, para alfândega. Muito confuso. Há prioridade para quem tem crianças pequenas mas essas mesmas filas são usadas por passageiros que já estão atrasados para os seus vôos por isso imaginam o caos.

Foi o dia todo nisto pois o vôo era à noite. Pensei que eles iam dormir o vôo todo tal era o cansaço. (não houve oportunidade para sestas) A Carlota foi as primeiras três horas do vôo a chatear toda a gente, a pedir comida, a gatinhar pelos corredores do avião, a ir à casa de banho… Depois acabou a bateria e adormeceu no chão. Só acordou em Lisboa!!

O António… coitadinho… chorou tanto, tanto, tanto… Ao fim de umas 3/4 horas começa a vomitar. Vomitou tanto, tanto… Eu levei uma muda de roupa para ele. Mas para mim não. Então fui o vôo quase todo encharcada de vomitado (desculpem a descrição!). O que vale é que ele só bebe leite… menos mau. Coitadinho. Ia tão choroso. Não dormiu nada.. Foi horrível. Eu estava com uma enxaqueca gigante e os meus comprimidos na mala de porão. Já só via a hora de chegar a casa…
Mas não podemos deixar que um dia estrague toda uma semana das melhores recordações. Foi tão mas tão bom que estou desejosa de ir outra vez. Não deixem de viajar porque têm filhos, por achar que não dá… É tão bom!
Eles surpreendem-nos.



p.s. – se precisarem de dicas sobre alimentação, utlização dos carrinhos, o que levar na bagagem de mão, etc. digam! Eu também ia com essas dúvidas J

domingo, 4 de fevereiro de 2018

É impossível ficar indiferente. Não consigo.

Há uma ou duas semanas atrás estava a jantar com a nossa família e a minha irmã diz que deixou de comer carne. Achei uma parvoíce. Eu própria também já fui vegetariana há uns anos mas acabei por voltar a comer carne pois a oferta de produtos, receitas, informação era muito escassa. E eu ainda vivia em casa da minha mãe por isso não podia jantar só arroz com salada. Não deu.

Bom, a minha irmã disse que tomou essa decisão depois de ter visto uns quantos documentários. “Lavagem cerebral”, pensei eu. Não há paciência para extremismos.

Ora esta semana estava a percorrer pelo Netflix e vejo os nomes de alguns destes documentários. Resolvi espreitar para ter uma ideia do que ela estava a falar naquele jantar. A informação é avassaladora. Nem estou a falar em protecção do ambiente e dos animais. Estou a falar na nossa saúde. A quantidade de estudos que existem que demonstram o mal que faz comermos carne é enorme. Doenças cardíacas, diabetes e até cancro estão directamente relacionados com o consumo de carne. Não sou nutricionista, nem médica, nem cientista. Sou uma pessoa normalíssima com um nível de cultura geral normalíssimo. Os meus estudos são da área da comunicação. Não tenho formação nenhuma em ciências. No entanto, a informação nestes documentários é tanta e está tão bem explicada. Coisas que comemos no dia-a-dia, fiambre, chouriço, carne de vaca, de galinha, porco, peru… A ideia de que basta cortar nas carnes vermelhas para ter uma alimentação mais saudável, está completamente errada! Eu a achar que os meus bifinhos de frango eram inofensivos. A galinha é provavelmente a pior carne que podemos comer. Leva tanto antibiótico e bactérias de animais doentes e mortos que ficam nos aviários… Nem quero ir por aí.

Deixo só alguns tópicos que me fizeram repensar no consumo de carne:

- Sempre nos disseram que o Homem é um animal omnívoro como o urso, certo? Onde estão as nossas garras e caninos afiados para caçar? Não temos. Não é suposto. Somos mais parecidos com os macacos. Temos mãos e braços desenhados para apanhar frutos, sementes. Já tinham pensado nisto?

- Existe uma relação directa entre o consumo de carne e o desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e cancros. Vejam mais informação nos documentários, por favor! Vale mesmo a pena. Até há casos de doentes que ao adoptarem uma alimentação vegetal tiveram melhorias incríveis.

- Para vos chegar um hamburguer à mesa são gastos 2.498 litros de água!!! Equivale a dois meses de duche. Isto entrando já em questões ambientais.

- Estamos a gastar todos os nossos recursos naturais (terra e água) para alimentar os animais que vamos consumir. Quando se deixassemos de consumir esses animais, haveria comida para toooooda a população mundial. Se isto não dá que pensar, não sei o que dará.

Não quero ser extremista até porque nunca tive paciência para ambientalismas e vegetarianos. Mas vejo as coisas de uma maneira diferente. Já não é uma questão ambiental. É uma questão de saúde. Não é suposto comermos carne da maneira que comemos. Não é mesmo. E não se preocupem que toooodos os nutrientes necessários estão presentes nas plantas, frutas e sementes, não fossem os animais maiores e mais fortes do planeta serem herbívoros! (Elefantes, rinocerontes…).
Não procuro mudar mentalidades pois já há quem viva para isso. Não posso é deixar de vos aconselhar neste sentido. Seria egoísta da minha parte.

Recomendo que vejam os documentários:





Depois tiram as vossas conclusões! J
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