Felizmente há muitos bebés a
nascer à minha volta! Na família e fora da família, há imensas grávidas ou
recém mães.
Tenho dado por mim a fazer
comentários tipo “Aproveita agora que só come e dorme.” “Essa fase é que é boa,
não dá trabalho nenhum.” “Por agora é tudo tão fácil, não é? Estão ali na
espreguiçadeira, mal se mexem…”
Ontem percebi o quão parva e injusta
tenho sido com estas mães. É um facto que a Carlota com quase 2 anos dá mais
trabalho agora que nunca mas olhando para trás… NUNCA FOI FÁCIL. Ela não “só
comia e dormia”. Aliás, ela não dorme há dois anos! Nem eu…
A fase do recém nascido é dura,
muito dura. E os meses a seguir também. Cólicas, fraldas, eczemas na pele,
vacinas, choro e choro sem saber a razão, bolsar, mudar de roupa 2 e 3 vezes
por dia. Não dormir.
As dores da amamentação. As
saudades do “nós”. O esquecer o “nós”. O ser mãe primeiro e antes de tudo. A
vontade de não ser. O sentimento de culpa. A ansiedade, o choro, a depressão ou
o baby blues. O nosso corpo que ainda não recuperou. O não nos lembrarmos
quando lavámos o cabelo pela última vez. O sentar para começar a comer e o bebé
acorda. Comer com o bebé ao colo. Pedir pratos que dê para comer só com uma
mão, ‘just in case’.
O stress que é sair de casa com
um bebé. O que levar no saco, o carrinho, o peso do ovo.
E depois parece que ninguém
percebe, ninguém nos compreende, o mundo está a girar, a vida a passar lá fora
e nós reféns do nosso bebé.
É difícil. É muito difícil.
Ninguém nos prepara, ninguém nos avisa.
Entramos neste comboio a alta velocidade e pronto. Depois há estas parvas (como
eu tenho sido) que dizem que “esta fase é que é boa”. Não é bem assim, eu sei
que não. E peço desculpa.
Essa fase está mesmo aí a chegar
para mim outra vez e vou engolir todas as palavrinhas que disse.
Mas apesar de ser tão duro, tão
difícil, tão violento… É a melhor coisa do mundo, não é? É todos os dias gostar
um bocadinho mais deles. É sentir uma alegria gigante com cada pequena
conquista, seja a descoberta dos pés, o segurar em qualquer coisa, o primeiro
sorriso.
É bom demais, mães. É bom demais. Aproveitem o agora não porque é
fácil (porque não é) mas porque passa a correr, rápido demais, e nunca mais
volta.
<3
Nunca pensei q fosse tao bom e tão duro ao mesmo tao difícil. Por aqui nao se dorme ha 9 meses. Ela nunca dormiu e enquanto recem nascida nao dormia mais do que 8h por dia. Quando me dizem que tem saudades de recem nascidos eu fico com vontade de subir paredes. Ainda e muito duro mas ja foi muito pior. Não sei como vou aguentar a crise dos 2 anos!! Tiro o chapéu a maes de muitas criancas, eu ja desespero so com uma!
ResponderEliminarOutro texto em que me identifico. Não é fácil ser mãe, e aliás escrevi sobre isso mesmo no meu blogue. O Afonso é um menino muito pacatinho e um amor, mas no meio disso tem sido um completo desafogo cuidar dele e perceber e desmistificar porque chora uma vez que eles não sabem fazer mais nada tadinhos. 1o era fome pois a minha maminha não era o suficiente para a barriguinha dele, e apesar de continuar a amamentar tenho a ajuda do suplemento. Agora vejo me ou melhor ele vê se atormentado com as cólicas e este "monstro" decide ataca lo mais à noite o que acaba por tirar nos o sono também. Entre dicas,truques, gotas e massagens está difícil espantar mos este bicho maldoso mas parece me estar a resultar com a 3a marca de gotas que experimento. Por isso a melhor fase são todas sim, mas não é fácil de maneira alguma. E todas as idades têm os seus "ses" e "contras" e a verdade é que ao tornarmos se mães estamos a assinar um acordo que vai tirar nos o sono para o resto da vida e entre outras coisas, mas que no fim no enche o peito e compensa de todas as formas e mais algumas este amor.
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